Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira indica que dificilmente os índices de popularidade do governo Dilma Rousseff voltarão aos patamares anteriores. "Há uma mudança de paradigma. O que a gente percebe é que o marketing nas redes sociais terá um peso muito superior ao do marketing tradicional para mostrar o que o governante está fazendo", avaliou o presidente da Confederação Nacional do Transporte, senador Clésio Andrade (PMDB-MG).
"O governo agora tem que mostrar resultado, se não, com o marketing tradicional, não vai voltar à situação anterior. Pode melhorar um pouco, mas não volta à situação anterior", completou. Se o cenário econômico piorar, afirmou Andrade, a situação da petista tende a ficar "insustentável".
Na análise do presidente da CNT, apesar de ser rejeitado por 36% dos entrevistados, Aécio Neves tem chances de se eleger, mas a ex-senadora Marina Silva é a que atrai mais o eleitorado, por ser a "menos política dos políticos". "Mas o que mais capitalizou foram os brancos e nulos. Então é uma eleição que está em aberto", observou.
Na pesquisa espontânea, 21,6% disseram que votariam em branco ou nulo e 37,4% não souberam responder. Mesmo com o maior índice de rejeição, Dilma lidera a pesquisa espontânea com 14,8% das intenções de voto, seguida do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com 10,5%.
Outros nomes mencionados espontaneamente pelos entrevistados foram o tucano José Serra (1,2%) e o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa (0,7%).
Quando a pergunta era qual partido gostariam de ver na Presidência da República, 22,1% mencionaram o PT, 5,6% indicaram o PSDB, 2,1% o PMDB e 1,1% o PSB.
Desgaste regional
Ainda de acordo com a pesquisa, 34,2% avaliaram o governo de seu Estado como positivo e 26,5% negativo. Os municípios tiveram uma avaliação positiva de 34,1% dos entrevistados contra 31,4% que fizeram uma avaliação negativa.
Já os deputados e senadores receberam uma avaliação negativa de 33,2% dos entrevistados e apenas 13,4% fizeram uma avaliação positiva dos parlamentares. "O Congresso, por mais que faça uma agenda positiva, não consegue demonstrar (o esforço de trabalho) à sociedade", afirmou o senador, ao defender que o Parlamento faça mais "marketing" de sua atuação.