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Justiça mantém na cadeia ex-prefeito de PiraporaEx-prefeito de Pirapora é acusado pelo Ministério Público de mais desvios de verbas Acusado de desviar R$ 2 milhões, ex-prefeito de Pirapora tem bens bloqueados pela Justiça TRE reverte cassação dos prefeitos mineiros de Mirabela, Capela Nova e PiraporaPirapora tem dois prefeitos em menos de uma semanaEx-prefeito de Pirapora tenta mais uma manobra para escapar da cadeiaEx-prefeito de Lagoa dos Patos e Pirapora é condenado por improbidade administrativaJustiça nega pedido de habeas corpus para ex-prefeito de PiraporaEx-prefeito de Pirapora é alvo de nova investigaçãoEx-prefeito de Pirapora acumula mais um mandado de prisãoAlém da prisão preventiva do ex-prefeito, a juíza ainda deferiu o pedido do Ministério Público para que sejam afastados os servidores acusados de participar da fraude na licitação. Para justificar a prisão, a juíza afirmou que os crimes cometidos pelo ex-prefeito é feita para “garantia da ordem pública”. “Os crimes de que Warmillon Fonseca Braga é acusado são de extrema gravidade, na medida em que há indícios de que, pela prática dos mesmos, este surrupiou dos cofres públicos vários milhões de reais”, afirmou a magistrada.
Prisão anterior
Warmillon está preso desde o dia 02 deste mês e chegou a conseguir, na semana passada, um habeas corpus, mas, devido a outras denúncias, ele continuou preso. A Operação Violência Invisível, que pôs fim a um esquema de desvio de recursos de mais de R$ 70 milhões em Minas e mais 10 estados, foi desencadeada a partir da apuração das licitações fraudulentas para tratamento do lixo em Pirapora. Em razão da existência de escutas telefônicas esse processo corre em sigilo de Justiça. Como prova dessa fraude, o Ministério Público e a Polícia Federal instauraram outros inquéritos que geraram a operação.
De acordo com a denúncia do MP, elaborada pelo Grupo Especial de Promotores de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, Warmillon montou uma empresa, com uso de laranjas, apenas para explorar o tratamento de lixo na cidade. A investigação revelou que, desde 2005 até o fim do mandato dele, a vencedora da licitação para o recolhimento de resíduos em Pirapora foi a Movimentar Serviços e Construções, com sede em Montes Claros, que deixou de cumprir vários itens do edital de convocação e ainda assim foi declarada vencedora em dois certames. Os auditores do TCE observaram ainda fraudes nos boletins diários de transporte de lixo, que tinha remuneração por hora. Dessa forma, eram lançados no controle o trabalho de motoristas de mais de 10 horas diárias, o que aumentava o valor do pagamento.
Com informações de Maria Clara Prates