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Dilma diz que combate ao terrorismo não justifica espionagemPatriota reitera que são insuficientes os esclarecimentos dos EUA sobre espionagem Mercosul deve 'coibir' novos casos de espionagem, diz Dilma"Esse projeto independe da conjuntura atual", afirmou Doneda. "O enfoque é a proteção da cidadania, e não diretamente a soberania, a segurança dos dados." Basicamente, o projeto dirá que informações pessoais não podem ter destinação diferente daquela para a qual foram fornecidas, a menos que haja autorização específica para isso. "Se a pessoa preenche um cadastro para ter crediário, o dado é para isso e não para ela receber mala-direta em casa", exemplifica. "O estabelecimento não pode vender dados que não são dele."
Atualmente, admite, o cidadão "não tem a menor ideia" do que é feito com as informações que fornece a páginas na internet, provedores de serviços como telefone e televisão a cabo e até para entrar num edifício. "Essa é uma situação que pode causar danos às pessoas e é responsabilidade do Estado dar um meio de tutela."
O cuidado no manuseio dos dados pessoais será estendido ao Estado, afirmou. Hoje, os órgãos os usam para elaborar políticas públicas, mas serão adotadas precauções especiais contra vazamentos. O texto prevê proteção especial a itens que possam causar algum tipo de discriminação, como orientação sexual e religiosa.
A lei preverá incentivos para que empresas e organizações tenham pelo menos um empregado que sirva de contato para os cidadãos que queiram tratar da proteção aos dados pessoais. "Será uma espécie de ombudsman", afirmou. Estabelecerá também procedimentos para lidar com vazamento de dados e garantirá acesso fácil e gratuito às próprias informações para que possam ser corrigidas.