O presidente do Senado, senador Renan Calheiros (PMDB/AL), resolveu recuar, nesta quarta-feira, na autorização que ele próprio havia dado para envio de uma comitiva de 10 senadores ao Rio de Janeiro para acompanhar a visita do papa Francisco – que chega a à capital fluminense na próxima segunda-feira (22) e se despede dos fiéis católicos no domingo (28/07) após ir a Aparecida do Norte, em São Paulo, na terça-feira (23).
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Renan estava entre os 10 senadores que iriam ao Rio de Janeiro para pedir as benção do papa Francisco. No entanto, o cancelamento parece estar seguindo a lógica de Calheiros - depois dos protestos nas ruas que varreram o país no mês passado-, de manter uma agenda positiva do Senado em envidência.
Neste mês, Renan, junto com o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB/RGN), foram denunciados por usar aviões da FAB para viagens particulares. Calheiros usou o avião para participar de um acasamento em Porto Seguro, no último dia 15 de junho, da filha do líder do governo no Senado, senador Eduardo Braga (PMDB-AM). Alves, por sua vez, fez uso de uma aeronave para assistir a um jogo da seleção brasileira, no Rio de janeiro, durante a Copa das Confederações.
Câmara
Na contramão do Senado, a Câmara dos Deputados não desistiu do “voo do papa” para levar parlamentares à recepção oficial ao papa Francisco, no próximo dia 22 de julho. Até aqui, a informação extra-oficial, é que pelo menos 20 deputados já pediram ao presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para entrar na comitiva que vai recepcionar o pontífice.
Os líderes partidários, por sua vez já foram convidados por Alves e aguardam ainda mais informações para saber se será possível a carona em um avião da FAB para todos.
Um modelo de maior capacidade deverá ser requisitado, uma vez que a aeronave usada de forma mais constante pelos dirigentes do Legislativo dispõe de 14 poltronas. A viagem terá caráter oficial. O convite aos parlamentares foi feito pela Arquidiocese do Rio de Janeiro, que organiza a Jornada Mundial da Juventude.
A composição da comitiva ainda não foi fechada pela presidência da Câmara, nem a aeronave foi solicitada oficialmente à FAB.
A viagem para a recepção ao papa será a primeira de Alves ao Rio desde a final da Copa das Confederações, em 30 de junho. Naquela ocasião quem se beneficiou da carona foram amigos e familiares do presidente da Câmara. Alves levou a noiva, Laurita Arruda, o irmão dela, Arturo, e sua esposa, Larissa, além de um filho e dois enteados.