O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse nesta quarta-feira que a ordem dentro do governo é trabalhar com muito mais afinco. "A ordem que a presidente nos deu é seguir não só trabalhando, mas trabalhando com muito mais afinco, um governo de entrega", disse o ministro, ao ser questionado sobre a pesquisa CNT/MDA, que constatou que a popularidade da presidente Dilma Rousseff desabou.
"Nós recebemos a pesquisa da mesma forma como recebemos a anterior. É um momento de dificuldade, claro, mas só aumenta em nós a disposição do trabalho. Já falei outro dia que quem viveu o que a gente já viveu no Palácio do Planalto sabe que isso é muito comum, é normal que ocorram momentos de pico, momentos de crise e a gente tem de só trabalhar mais."
Questionado se a pesquisa não acenderia um alerta, Carvalho respondeu: "Qualquer pesquisa nos convida a olhar nossa atuação. Entendemos que é um momento muito especial que a gente está vivendo, mas que nós temos condição, acho que a presidente tomou iniciativas que são capazes, a nosso juízo, de reverter essa situação. Não há clima nenhum de maior preocupação, a não ser seguir trabalhando."
O ministro, que foi chefe de gabinete pessoal do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, lembrou uma frase de Lula, ao comentar o atual cenário do governo: "Eu lembrei outro dia, quando, em 2005, o presidente Lula nos dizia: não deem importância para a crise política, vamos trabalhar mais ainda. A presidenta Dilma nos deu a mesma recomendação. A gente responde com mais trabalho, porque é nosso papel.".
Na avaliação de Carvalho, não há nada "mais forte e oportuno" do que o que já está sendo feito pela presidente. "Eu só espero que a sociedade apoie fortemente e que o Congresso seja sensível e que haja de fato a reforma política, de preferência, com o plebiscito. Porque, a nosso juízo, foi o que as ruas deixaram de maneira clara demonstrados", afirmou.