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Congresso põe pauta das ruas de molho e entra em recessoRecesso parlamentar põe quórum da Câmara em riscoCongresso terá recesso mesmo sem a LDO, diz AlvesCâmara gasta R$ 28,4 mil com festa do PMDBPMDB quer tirar proveito do momento do País, diz CamposO clima no jantar foi de confraternização. Os parlamentares presentes afirmaram que as conversas foram descontraídas em boa parte do encontro. Além da bancada na Câmara, também foram ao encontro o vice-presidente Michel Temer, o senador e presidente em exercício da legenda, Valdir Raupp (RO), além dos ministros da Agricultura, Antônio Andrade, e da Previdência Social, Garibaldi Alves.
O cardápio principal não foi nem o presunto de Parma nem o shimeji servidos. Dominaram os assuntos nas mesas as reclamações do tratamento dado ao PMDB pela presidente Dilma Rousseff. Também a insatisfação em relação ao papel de Temer no Planalto é crescente, apesar das promessas feitas por ele de que a relação com o PT vai melhorar. Os deputados se mostram descrentes em relação a essa mudança e a credibilidade do vice-presidente foi posta em dúvida, durante o jantar. Ninguém escondeu o descontentamento devido à presidente Dilma Rousseff ter viajado a Ponta Grossa (PR) e não haver convidado nenhum peemedebista para acompanhá-la, como havia prometido. “Em outros tempos, quando o presidente Temer chegava, todos se levantavam como cortesia. Na terça-feira, todos ficaram como estavam. Do jeito que ele entrou ele saiu”, relatou um parlamentar.
Somou-se a isso a dificuldade relatada por ministros em tocarem suas pastas com autonomia. Antônio Andrade, por exemplo, reclama que os melhores projetos são levados pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e não por ele. Aliados de Temer disseram que as queixas já haviam sido levadas para a presidente Dilma. “Ela já havia se comprometido a atender as demandas. Se mudou de ideia, não se pode responsabilizar o Temer”, conta um deputado. No jantar, o vice-presidente comprometeu-se a, mais uma vez, tentar conversar com Dilma. Ele seguirá a série de audiências que tem feito com a bancada para, no fim, levar um relatório da insatisfação dos peemedebistas para a presidente.
Voto aberto para a mesa
A Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) do Senado aprovou ontem um projeto que prevê o voto aberto para a escolha da presidência da Casa e das comissões permanentes. Hoje, as sessões desse tipo, como a que elegeu o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) presidente do Senado, são secretas. Já tramita na Casa uma proposta que prevê o fim do sigilo em todas as circunstâncias previstas no regimento. Outro projeto, que tramita na Câmara, determina o fim do voto secreto em casos de cassação de mandato.