Índios, médicos, policiais militares, bombeiros, evangélicos e até fuzileiros navais se uniram, na manhã dessa quinta-feira, para protestar contra a presidente Dilma Rousseff. A manifestação ocorreu na inauguração da estação de metrô José de Alencar, no Centro de Fortaleza. A presidente preferiu driblar os manifestantes, embarcando em um estação anterior. Depois, seguiu de metrô até o local do evento. As 500 pessoas, segundo a Polícia Militar, que protestavam nem chegaram a vê-la.
Os índios e médicos estavam em maior número. Os indígenas cobraram a demarcação de cinco áreas no estado e denunciaram a submissão do governo à bancada ruralista no Congresso Nacional. Os médicos criticaram a contratação de estrangeiros e a obrigatoriedade de os estudantes de medicina trabalharem dois anos no SUS. Durante o ato, houve apenas um pequeno princípio de tumulto. As grades metálicas de proteção colocadas para impedir a aproximação da manifestação foram empurradas. O Batalhão de Choque chegou ao local, mas não houve confronto. Apenas convidados tiveram acesso à cerimônia.
No palanque, Dilma afirmou que os protestos nas ruas foram motivados por melhoria dos direitos sociais. “Se a gente olhar essas manifestações vamos ver que elas foram feitas pelo seguinte: uma característica do ser humano que nos transforma em sermos capazes de sair da Idade do Bronze e colocar um voo na Lua é a de querer cada vez mais. Direitos sociais conquistados vão também ensejar mais direitos sociais. Tudo o que nós formos capazes de conquistar vai abrir sempre caminho para querer mais”, discursou.