Leia Mais
Arrocho para manter superávit divide o PlanaltoPara líder do PSDB, aumento de superávit é 'factoide'“Os bancos públicos foram usados como intermediários de um processo em que, por mágica, se transformou dívida pública em receita primária do Tesouro”, disse Dornelles, que já foi ministro da Fazenda, da Indústria e do Trabalho. Nessas operações, o Tesouro faz um empréstimo de longo prazo para os bancos, com a emissão de títulos públicos, e o dinheiro acaba retornando ao caixa do governo por meio de pagamento de dividendos ou antecipação de receitas, como os créditos de Itaipu. A “contabilidade criativa” é o termo usado por economistas para mudanças heterodoxas nas regras, realizadas com o intuito de melhorar os resultados.
“Hoje, essas emissões de títulos do Tesouro estão muito soltas”, atacou. O primeiro passo, segundo o senador, é o pedido de explicações ao governo das operações feitas e que envolvem também estatais federais, como a Eletrobras que recebeu R$ 2,5 bilhões de empréstimo do BNDES e os recursos, utilizados para o pagamento de dividendos à União.
Convocação
O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, e os presidentes do BNDES, Luciano Coutinho, e da Eletrobras, José da Costa Carvalho, foram convidados a prestar informações à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. As audiências devem ocorrer no início de agosto. “O Congresso vai começar a trazê-los aqui para explicar”, disse Dornelles.