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Mercosul deve 'coibir' novos casos de espionagem, diz Dilma Dilma diz que combate ao terrorismo não justifica espionagemDilma apoia declaração conjunta de repúdio a esquema de espionagem norte-americanoCardozo diz que governo avalia questionamentos aos EUA sobre espionagemComissão adia depoimento sobre espionagem dos EUAPT volta a minimizar queda de Dilma em pesquisaA conversa, de cerca de 25 minutos, foi cordial, de acordo com a ministra da Comunicação Social, Helena Chagas, mas também inclui cobranças duras por parte da presidente. Dilma expressou "grande preocupação" com a violação da privacidade de brasileiros e de instituições do País e afirmou que espera "mudanças de políticas para não haver um novo risco de violação da privacidade".
A presidente ainda disse a Biden que o Brasil ainda espera mais esclarecimentos porque a violação foi além do governo, mas envolveu o povo, as instituições e a sociedade brasileira. "Em nome da segurança não se pode infringir a privacidade das cidades e a soberania de um país", disse a presidente, ainda de acordo com Helena Chagas.
Biden aproveitou o telefonema para comentar a visita de Estado aos Estados Unidos, marcada para outubro deste ano. Repetiu que a relação com o Brasil é "muito importante" e que espera que o "incidente", como chamou o caso de espionagem, esteja superado na época da viagem.
Apesar das seguidas conversas com o embaixador, o governo brasileiro ainda reclama da falta de esclarecimentos por parte dos americanos. Na última segunda-feira, o chanceler Antonio Patriota deixou claro em entrevista que as explicações eram "insuficientes". Até agora, no entanto, os americanos não se dispuseram a abrir seus segredos técnicos para mostrar ao governo brasileiro exatamente que tipo de monitoramento estava sendo feito.