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Estado de Minas

Em Minas, Padilha diz que deixou 2014 de lado pelo Mais Médicos

Durante visita a Minas, para divulgar o programa, ministro da Saúde afirma que programa o fez abandonar projeto de se candidatar em São Paulo


postado em 21/07/2013 07:00 / atualizado em 21/07/2013 07:44

Luiz Ribeiro

 


Como ministro da Saúde tenho de pensar em primeiro lugar na saúde de 200 milhões de brasileiros. Não posso pensar somente em 370 mil médicos - Alexandre Padilha, ministro da Saúde(foto: SOLON QUEIROZ/ESP. EM)
Como ministro da Saúde tenho de pensar em primeiro lugar na saúde de 200 milhões de brasileiros. Não posso pensar somente em 370 mil médicos - Alexandre Padilha, ministro da Saúde (foto: SOLON QUEIROZ/ESP. EM)

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, decidiu fazer um corpo a corpo nos municípios para estimular a adesão das prefeituras ao Programa Mais Médicos. Ele participou de encontro com prefeitos e lideranças regionais em Montes Claros, onde apresentou as principais metas do governo para melhorar a atenção à saúde e enfrentou bate-boca com estudantes de medicina e médicos da cidade, que fizeram um protesto contra a proposta. Padilha é cotado como pré-candidato do PT ao governo de São Paulo em 2014 e, durante a visita, declarou que, devido à dedicação ao Mais Médicos, a sua perspectiva é abandonar o projeto da disputa eleitoral no ano que vem. “Por causa desse programa, nem penso mais no governo de São Paulo”, afirmou. Informalmente, ele disse que sabe que tem pela frente um embate com entidades da classe médica, mas salientou que a verdadeira batalha, na verdade, se dará na Câmara dos Deputados e no Senado, onde as propostas serão votadas.


Um dos pontos polêmicos do programa se refere à obrigatoriedade dos profissionais da medicina, dois anos após a formatura, terem que dedicar dois anos ao trabalho em uma unidade do Sistema Único de Saúde (SUS), como parte integrante da formação acadêmica. Foi apresentada sugestão das próprias escolas de medicina que os dois anos de dedicação ao SUS sejam incorporados ao atual período de seis anos de graduação. Alexandre Padilha disse que o governo aceita discutir a sugestão, mas que caberá aos deputados e senadores decidirem. “Esse embate ficará com o Congresso. A única coisa que sabemos é que, para termos médicos mais preparados, é preciso a experiência de dois anos acompanhando diretamente a população. O médico precisa conhecer a realidade”, argumentou.


Segundo números divulgados pelo Ministério da Saúde, até quinta-feira o programa teve inscritos 13.857 médicos e 1.221 municípios. Do total dos profissionais que se inscreveram, 11.147 têm diploma doBrasil e 2.710 do exterior, 12.701 são de nacionalidade brasileira e 1.156 são estrangeiros. Padilha escolheu o Norte de Minas para mobilizar os municípios para a ação do governo por causa da carência desses profissionais na região. Dos 78 municípios classificados pela pasta como prioritários dentro do Mais Médicos, 31 estão no Norte do estado.

CALMA
Enquanto os prefeitos e secretários municipais aplaudiram a apresentação do ministro no auditório da Associação dos Municípios da Área Mineira da Sudene (Amams), no fundo da plateia um grupo de estudantes de medicina e médicos, com cartazes, manifestavam contra o programa, cobrando mais infraestrutura e protestando contra a importação de médicos estrangeiros. Assim que Padilha começou a falar, os manifestantes interromperam sua fala diversas vezes, gritando palavras de ordem. “Vamos com calma. Vamos conversar. Na democracia, temos que ouvir e temos que conversar....Calma! calma!. Calma!”, pediu o ministro, paciente. “Como ministro da Saúde tenho pensar em primeiro lugar na saúde de 200 milhões de brasileiros. Não posso pensar somente em 370 mil médicos.”


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