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Estado de Minas

Em carta, presidente insiste em plebiscito


postado em 21/07/2013 07:00 / atualizado em 21/07/2013 07:46

Brasília – A presidente Dilma Rousseff enviou na manhã de ontem uma carta aos membros do Diretório Nacional do PT defendendo a realização de um plebiscito para a reforma política e reafirmando que seu governo e seu partido ouviram a voz das ruas. A presidente, que foi convidada para a reunião do partido, atribuiu sua ausência aos preparativos para a recepção do papa Francisco (leia mais na página 11). A carta foi entregue por um secretário particular da Presidência da República. A expectativa era de que Dilma enviasse a mensagem por meio de um ministro. No documento, de quatro páginas, Dilma diz que gostaria de estar presente ao encontro mas que a vinda do papa “me impõe deveres aos quais eu não posso faltar”.


Segundo fontes, Dilma ligou para o presidente do partido, Rui Falcão, manifestando preocupação com a segurança do papa Francisco e os últimos protestos no Rio de Janeiro. Na carta, a presidente diz aos militantes que ao longo desses anos ela e os correligionários superaram “os grandes desafios de governar este país” e que agora há o desafio de atender “os anseios que surgiram nas nossas ruas”. “As manifestações exigem de nós a aceleração e o aprofundamento das mudanças que iniciamos há 10 anos. Questionam, sobretudo, os limites e os graves problemas da nossa democracia representativa. Eles querem um novo sistema político, mais transparente, mais oxigenado e mais aberto a participação popular que só a reforma política balizada pela opinião das ruas, por meio de um plebiscito, pode criar”, insistiu a presidente.


Segundo Dilma, desde o início da onda de protestos ela e o PT conseguiram compreender as demandas dos manifestantes. “Ouvimos as ruas porque nós viemos das ruas. Nos formamos no cotidiano das grandes lutas do Brasil. A rua é o nosso chão, a nossa base.” De acordo com ela, seu governo não só ouviu as reivindicações como fez propostas concretas por meio de pactos para melhorar os serviços públicos e dar uma resposta às manifestações. “Estamos trabalhando duro para atender as justas reivindicações que vêm das ruas”, enfatizou a presidente, descrevendo os últimos encontros que teve com representantes de movimentos sociais e entidades.

 

Apoio vem do PMDB
O deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) recebeu ontem o apoio público do PMDB à sua indicação. O líder peemedebista na Câmara, Eduardo Cunha (RJ) disse no seu perfil no Twitter que se o deputado Henrique Fontana (PT-RS) fosse escolhido no lugar de Vaccarezza para coordenar os debates, o PMDB e outras legendas deixariam a comissão que discute a reforma. Para Cunha, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), indicou Vaccarezza para viabilizar a aprovação da reforma, o que não ocorreria se Fontana estivesse à frente da comissão. “O presidente Henrique quis constituir um grupo, onde todos participariam, inclusive Fontana, mas coordenado por alguém mais isento do processo. Todos sabem na casa que a postura do Fontana, apesar de ser legítima, inviabilizou qualquer votação. Para constituir um grupo e pôr o Fontana, era só pôr a comissão da qual ele é relator para funcionar, o que ele não consegue”, atacou Cunha. O líder do PMDB disse que Alves não quis interferir na representação do PT, que tem o direito de escolher quem quiser para a comissão da reforma política. Ele disse ainda, no Twitter, que o debate no PT em torno da indicação de Vaccarezza para a comissão mostra que “não querem debater outra proposta”. 


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