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Presidente da Câmara justifica adiamento do orçamento impositivoGoverno federal quer barrar projeto que determina orçamento impositivoRelator da PEC do Orçamento Impositivo fixa obrigatoriedade de pagamento de emendasGoverno federal é derrotado na Câmara dos DeputadosOrçamento Impositivo entra em pauta esta semanaLíder do governo tenta acordo para orçamento impositivoDeputados votam PEC que garante recursos para bases eleitoraisCongresso Nacional prorroga recesso parlamentarDilma paga emendas a prestação para acalmar baseMinistérios da Defesa e e da Fazenda lideram os cortes no Orçamento da União“Não adianta aprovarmos e depois não executar. Hoje, com a participação da sociedade, se cria uma expectativa grande de que haverá liberação daquela verba, tem pessoas fazendo projeto e na hora de liberar o governo faz para quem quer, quando e quanto quer. Isso vem desacreditando esse instrumento”, afirmou o deputado Edio Lopes. Para ele, o episódio da votação da Medida Provisória dos Portos, quando foi noticiado que a União iria liberar R$ 1 bilhão em emendas, foi “deprimente”.
Outro mecanismo que os parlamentares modificaram na PEC, apresentada em 2006, foi estabelecer que só serão impositivas as emendas que destinarem verbas a programas prioritários definidos previamente pelo Executivo. “Aí afastamos o argumento de que as emendas são colocadas de forma aleatória, não obedecem a critérios e não são sincronizadas com o Orçamento”, argumenta Lopes.
Para o relator da PEC, o fato de as emendas serem constantemente relacionadas a uma forma de pressão ao Legislativo, funcionando como um instrumento de barganha, deve ser suficiente para fazer com que os parlamentares aprovem o texto. “Esse formato apequena o Parlamento e não engrandece o Executivo. O governo tem de construir sua base de sustentação, mas dentro de outros fundamentos, por exemplo os ideológicos”, afirma. “A menos que ocorra um fato extraordinário, a matéria será aprovada”, acredita.
O relator admite, porém, que Henrique Alves não é o primeiro presidente da Câmara que assume esse projeto como pauta. A PEC precisa ser aprovada em dois turnos na Câmara e voltar a ser apreciada no Senado por causa das alterações sofridas.