Dentro do xadrez eleitoral, ele acredita que, por falta de espaço no PSDB, Serra poderá deixar o ninho tucano até outubro e ingressar no PPS para disputar a Presidência. No PSDB, o candidato natural é o senador Aécio Neves (MG). “A filiação no PPS é como se fosse um ingresso para o Serra participar do jogo. Se ele tiver sensatez, ele compra o ingresso. Amanhã, se ele se viabilizar, podemos seguir com ele”, afirmou Queiroz.
O PSD até especula sobre quem poderia integrar a eventual chapa de Serra na condição de vice. O dirigente cita, sem titubear, a senadora Katia Abreu (TO): “Ela é acima da média”. Ele também fez prognósticos para o presidente nacional da legenda, o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. “É lógico que o Kassab é candidato ao governo de São Paulo.” Apesar da avaliação de que seu partido poderá apoiar Serra, o dirigente descartou a hipótese de o tucano migrar para o PSD. Isso poderia causar “racha na legenda”, justifica.
Com Lula
Num cenário remoto, em que Dilma não disputaria a reeleição, o secretário-geral do PSD avaliou duas possíveis saídas para o PT em 2014. Uma óbvia com a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Outra, sem o ex-presidente e sem Dilma. “Se for o Lula, lutarei loucamente para o partido ir com o Serra”, avisa.
Para Queiroz, se o petista entrar no páreo, ele anula a possível candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). “Você terá um jogo fantástico com dois candidatos de oposição, Aécio e Serra, disputando para chegar no segundo turno com o Lula.”
Sem Lula e sem Dilma, o PT, na avaliação do secretário-geral do PSD, teria o nome de Eduardo Campos como alternativa. “O que o PT poderá fazer? A única saída será o Eduardo Campos, que é o cara que pode equilibrar as forças”, considerou. Questionado sobre um possível apoio do PSD a Eduardo Campos, o dirigente ponderou: “E por que iríamos com o Eduardo? Para ser o quarto partido?
Uma eventual aliança com o PSDB também é tida como pouco provável diante da previsão de disputas acirradas entre as duas legendas nos Estados. “Temos experiência de parcerias com o PSDB. Caminhar com Aécio nos abriria poucos espaços para candidatos aos governos estaduais, senadores e deputados”, analisou Queiroz. As informações são do jornal
O Estado de S.Paulo
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