Preso desde o útimo dia 2, em razão de operação desencadeada pela Polícia e Ministério Público Federal, o ex-prefeito de Lagoa dos Patos e Pirapora, Warmillon Fonseca Braga, sofreu mais uma derrota nos tribunais. Ele foi condenado nessa quinta-feira por improbidade administrativa e teve suspenso seu direito político pelo prazo de cinco anos. De acordo com a sentença, Braga está proibido ainda de contratar com o poder público, receber benefícios ou incentivos fiscais pelo mesmo período e terá que ressarcir integralmente os danos causados aos cofres públicos com multa em igual valor.
Essa é uma das quase 100 ações de improbidade administrativa ajuizadas contra o político pelos ministérios públicos Federal e Estadual. De acordo com a ação da Procuradoria da República em Minas, Warmillon contratou, sem licitação, a empresa Minas Construção Saneamento Básico e Serviços Ltda, sob alegação de urgência. A empresa recebeu o pagamento integral e antecipado, mas não concluiu as obras.
As casas deveriam receber caixa d’água, chuveiro de água fria, vaso sanitário com caixa de descarga, lavatório, tanque séptico e sumidouro, mas dos 121 módulos, apenas 73 foram iniciados e não concluídos. As investigações do MPF demonstraram ainda que a empresa contratada pelo ex-prefeito nem sequer tinha sede. O sócio majoritário da Minas Construção e Saneamento Básico, Cláudio Silva, confessou que sua empresa era usada para a venda de notas frias às prefeituras.