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Estado de Minas

Vacarezza diz que está "otimista" com a missão de fazer a reforma política

Em entrevista ao Correio Braziliense, o deputado federal diz que é a favor do plebiscito, mas que ele não garante a mudança política no país


postado em 30/07/2013 10:22 / atualizado em 30/07/2013 10:33

Na próxima semana, Vaccarezza retoma a coordenação do grupo encarregado de apresentar as propostas para fazer a reforma política(foto: Bruno Perez/CB/D.A Press)
Na próxima semana, Vaccarezza retoma a coordenação do grupo encarregado de apresentar as propostas para fazer a reforma política (foto: Bruno Perez/CB/D.A Press)


Ex-líder do governo durante o mandato de Luiz Inácio Lula da Silva e no primeiro ano de mandato de Dilma Rousseff, o deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP), coordenador do grupo de trabalho da reforma política na Câmara dos Deputados, foi alvo de reclamações do próprio partido ao dizer que as mudanças não poderiam valer para 2014, como queria a presidente. Na próxima semana, ele retoma a reunião do grupo e promete trabalhar para fatiar o assunto e viabilizar pontos para as próximas eleições.

O senhor está com a tarefa de realizar em 90 dias o que a Câmara não fez em 20 anos.
Eu estou otimista, acho a missão possível não por qualidades pessoais minhas, mas porque o Brasil mudou e as mobilizações mostraram uma insatisfação com os políticos e a política.

Essa reforma vai ser no sentido de facilitar a renovação política?

O sistema eleitoral brasileiro permite e promove a renovação. Em todas as eleições, com ou sem crise social, há uma renovação significativa nas bancadas. Meu medo é outro: as pessoas caírem na demagogia e criarem mitos sem muita consistência, e nós fazermos mudanças não necessariamente para o atendimento de transparência e participação.

O senhor acha que a demanda das ruas foi bem respondida ou a presidente Dilma errou no cálculo?
Eu apoio a presidente Dilma, ela transmitiu certo a vontade das ruas, as pessoas querem mudança já. Sou a favor de plebiscito. O problema é que ele não faz a reforma. É uma pergunta pontual de sim ou não, não é a elaboração de uma lei. E o rito dificulta a aprovação: tem que ter 171 assinaturas de deputados, tramitar na comissão, no plenário e depois no Senado.


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