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Estado de Minas AVANÇO AINDA LONGE DO IDEAL

Cidades mineiras são a grande maioria entre as que tiveram melhor IDHM no Sudeste

Nenhum município, no entanto, atingiu um índice de desenvolvimento humano de alto nível


postado em 31/07/2013 06:00 / atualizado em 31/07/2013 07:38

Entre as 50 cidades da Região Sudeste que mais avançaram no Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios (IDHM), divulgado na segunda-feira, 48 são mineiras, sendo do estado as 34 primeiras da lista. O número, porém, está longe de representar uma grande conquista para esses municípios, já que nenhum deles alcançou o nível de alto desenvolvimento com os indicadores recentes e permanecem classificados como de desenvolvimento médio ou baixo. Em 2000, quando foi divulgado o último relatório, a grande maioria dessas cidades era considerada de nível muito baixo, recebendo notas inferiores a 0,499 no índice usado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para avaliar a situação local a partir de três indicadores: a qualidade do ensino, a expectativa de vida e a renda da população.

A cidade que apresentou o maior avanço na Região Sudeste foi São João do Pacuí, no Norte de Minas, que na última década passou de 0,382, nível muito baixo de desenvolvimento, para 0,625, na faixa das cidades com médio desenvolvimento, um salto de 61%. O município registrou um salto significativo na área da educação, passando de uma nota próxima da mínima em 2000, de 0,181, para 0,504 no relatório mais recente. A renda média per capita da população também cresceu, passando de R$ 124,28 em 2000 para R$ 346,53. Ainda assim, a renda também está longe do ideal, sendo metade da média nacional, de R$ 793,87. Já a esperança de vida ao nascer, que era de 63,36 em 1991, avançou para 66,84 em 2000 e para 72,85 em 2010, um salto de quase 10 anos.

Dos 48 municípios mineiros que mais aumentaram seus indicadores, 38 estão nas regiões Norte e vales do Jequitinhonha e Mucuri; quatro na Região Central; na Zona da Mata são três, e no Noroeste, Rio Doce e Sul de Minas apenas um. O índice foi divulgado na segunda-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômicas Aplicadas (Ipea) e a Fundação João Pinheiro (FJP).

No quadro geral avaliado pelo Escritório de Prioridades Estratégicas do Governo de Minas, o estado teve um avanço em comparação com os relatórios feitos nas duas últimas décadas, em 1991 e 2000. Em 1991, 781 cidades mineiras eram classificadas com índices de desenvolvimento muito baixo – com notas entre 0 e 0,499 –, o que representava 91,6% dos municípios de Minas. Em 2000, esse número caiu para 213, ou seja, 25% das cidades no estado. Já no levantamento de 2010, o estado passou a não ter nenhuma cidade em nível muito baixo. Na faixa do IDHM baixo – entre 0,500 e 0,599 – eram 71 cidades em 1991, 10 anos depois o número subiu para 425 e agora são 73, equivalente a 8,6% do total de municípios.

A maior parte das cidades mineiras se situa agora na faixa de desenvolvimento médio – com notas entre 0,600 e 0,699 no IDHM. Duas décadas atrás, apenas uma cidade alcançava essa classificação, em 2000 foram 210 cidades e agora são 551, que representa 64,6% do total. Já os níveis de desenvolvimento alto – 0,700 e 0, 799 – e muito alto – acima de 0,800 – continuam restritos a poucos municípios. Em 2000, apenas cinco municípios atingiram a faixa de alto desenvolvimento e nenhum ficou no estágio mais alto do índice. Agora são 227, ou 26,6% do total, no nível alto, mas apenas dois – Nova Lima e Belo Horizonte – ficaram no topo da tabela. Quanto mais próximo de 1, melhor é o desenvolvimento humano do local.


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