Entre as 50 cidades da Região Sudeste que mais avançaram no Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios (IDHM), divulgado na segunda-feira, 48 são mineiras, sendo do estado as 34 primeiras da lista. O número, porém, está longe de representar uma grande conquista para esses municípios, já que nenhum deles alcançou o nível de alto desenvolvimento com os indicadores recentes e permanecem classificados como de desenvolvimento médio ou baixo. Em 2000, quando foi divulgado o último relatório, a grande maioria dessas cidades era considerada de nível muito baixo, recebendo notas inferiores a 0,499 no índice usado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para avaliar a situação local a partir de três indicadores: a qualidade do ensino, a expectativa de vida e a renda da população.
Dos 48 municípios mineiros que mais aumentaram seus indicadores, 38 estão nas regiões Norte e vales do Jequitinhonha e Mucuri; quatro na Região Central; na Zona da Mata são três, e no Noroeste, Rio Doce e Sul de Minas apenas um. O índice foi divulgado na segunda-feira pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômicas Aplicadas (Ipea) e a Fundação João Pinheiro (FJP).
No quadro geral avaliado pelo Escritório de Prioridades Estratégicas do Governo de Minas, o estado teve um avanço em comparação com os relatórios feitos nas duas últimas décadas, em 1991 e 2000. Em 1991, 781 cidades mineiras eram classificadas com índices de desenvolvimento muito baixo – com notas entre 0 e 0,499 –, o que representava 91,6% dos municípios de Minas. Em 2000, esse número caiu para 213, ou seja, 25% das cidades no estado. Já no levantamento de 2010, o estado passou a não ter nenhuma cidade em nível muito baixo. Na faixa do IDHM baixo – entre 0,500 e 0,599 – eram 71 cidades em 1991, 10 anos depois o número subiu para 425 e agora são 73, equivalente a 8,6% do total de municípios.
A maior parte das cidades mineiras se situa agora na faixa de desenvolvimento médio – com notas entre 0,600 e 0,699 no IDHM. Duas décadas atrás, apenas uma cidade alcançava essa classificação, em 2000 foram 210 cidades e agora são 551, que representa 64,6% do total. Já os níveis de desenvolvimento alto – 0,700 e 0, 799 – e muito alto – acima de 0,800 – continuam restritos a poucos municípios. Em 2000, apenas cinco municípios atingiram a faixa de alto desenvolvimento e nenhum ficou no estágio mais alto do índice. Agora são 227, ou 26,6% do total, no nível alto, mas apenas dois – Nova Lima e Belo Horizonte – ficaram no topo da tabela. Quanto mais próximo de 1, melhor é o desenvolvimento humano do local.