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Senadores do PT se reúnem com Ideli para discutir vetos e MPs no CongressoEmendas não resolvem derrubada de vetos, dizem líderesGoverno teme ameaça de derrubada de vetos sobre FPEGoverno tentará adiar votação de temas polêmicosChinaglia admite preocupação com derrubada de vetosAntes do recesso parlamentar, o Legislativo decidiu que todos os vetos a iniciativas legislativas têm de ser apreciados em sessão do Congresso em até 30 dias em votação secreta sob pena de trancarem a pauta. Eduardo Braga afirmou que há "alguns vetos" que tiveram amplo apoio dos parlamentares quando tramitaram no Congresso. Sem querer mencionar quais, o líder governista reconheceu que há vetos a essas propostas com riscos reais de caírem no Parlamento.
Apesar de louvar o gesto pessoal da presidente, o líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ), lembrou que liberação de emendas faz parte de um conjunto de ações que precisam ser melhoradas, entre elas a articulação política entre o Palácio do Planalto e o Congresso. "A articulação política, que é deficitária, precisa ser mudada. Não é só isso (liberação de emendas) que vai resolver. Deputado aqui não vai deixar votar ou deixar de votar só porque recebeu ou deixou de receber emenda", disse.
Cunha lembrou que a sistematização da liberação de emendas vai ser definida a partir da aprovação do Orçamento Impositivo, projeto que está em discussão na Casa e deve ir à votação em plenário já em agosto, para o desgosto do governo. "O Congresso vai resolver isso no Orçamento Impositivo. É justamente por essa demora e pelo tipo de forma que isso (liberação dos recursos) foi feito até hoje, não só por ela (Dilma), mas por todos os governantes. É uma bandeira do Henrique (Eduardo Alves, presidente da Casa) de eleição", afirmou.
Reforço
O peemedebista revelou que está empenhado em trazer de volta o suplente Eliseu Padilha de volta à Câmara como vice-líder da bancada. "O Padilha para mim é muito importante aqui. Eu tinha colocado o Padilha no início aqui para fazer uma parte de plenário e me deixar um pouco mais solto. Quando ele saiu, me desfalcou", contou. Cunha disse que tratou do assunto nesta terça-feira, 30, em jantar com Padilha e o vice-presidente da República, Michel Temer. A ideia é que o ex-ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, se licencie para dar lugar a Padilha.
O maior temor do Palácio do Planalto recai sobre a eventual derrubada dos vetos aos projetos que extinguia a multa adicional de 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para demissões sem justa causa e o que permite a dedução de recursos do caixa da União quando o governo federal realizar desonerações que causem impacto nas finanças públicas estaduais e municipais. A primeira medida tem custo para o Executivo federal de R$ 3 bilhões e a segunda R$ 1 bilhão, somente na parte que mexe nas contas das prefeituras. "A gente entende o momento de dificuldade, mas acho que não tem nada intransponível para o governo, não", destacou Jucá.