No primeiro semestre da gestão Fernando Haddad (PT), a Câmara Municipal foi mais governista do que em igual período do governo Gilberto Kassab (PSD). Em menos de cinco meses, os vereadores transformaram 26 propostas do governo em leis - média de uma por semana. Para este semestre, a previsão é de que as propostas enviadas à Casa pelo prefeito continuem prioritárias. O recesso acaba nesta quinta-feira.
Outros 130 projetos apresentados por vereadores foram sancionados pelo Executivo - 84% das propostas são denominações de ruas e praças ou criação de datas comemorativas. O calendário oficial de São Paulo ganhou, por exemplo, o dia do perdão e do futebol de várzea. A comparação com o mesmo período de 2009 mostra que, mesmo exercendo o cargo havia dois anos, nem Kassab conseguira tamanha adesão. Foram 20 leis do Poder Executivo aprovadas na ocasião. A explicação está no tamanho da atual base governista. Haddad tem o apoio de 42 dos 55 vereadores. Kassab tinha 39 aliados.
Com maioria folgada, o petista pautou os trabalhos da Câmara no semestre passado e em tempo recorde. Em abril, por exemplo, o prefeito conseguiu aprovar em primeira votação um pacote que autorizou o Executivo a criar mais 348 cargos comissionados, quatro novas secretarias, uma subprefeitura e a Controladoria-Geral do Município. O aval foi dado menos de 48 horas após o projeto ser protocolado.
Para o secretário municipal de Relações Governamentais, João Antonio (PT), o bom resultado obtido pelo governo é fruto de um relacionamento harmonioso entre as esferas de poder e reflexo das demandas da cidade. “Nós temos pressa em governar. Há muitos temas a serem debatidos. Se a Câmara continuar contribuindo, a visão que a população tem da Casa vai melhorar”, diz.
Responsável por fazer a “ponte” entre o Executivo e o Legislativo, Antonio criou a prática de negociar os projetos dos vereadores antes de eles serem votados. “Isso facilita o trabalho e impede o desgaste do veto.” Para o presidente da Câmara, José Américo (PT), o mesmo ritmo ditará os trabalhos até o fim do ano. “Já há acordo entre os parlamentares para a votação de ao menos uma lei de cada um. E os novatos serão contemplados”, assegura o petista. Nos primeiros meses do ano, somente seis conseguiram emplacar alguma lei.
Gabinete
Para a oposição, o semestre apenas revelou a disposição de Haddad em “atropelar” o trabalho da Câmara Municipal em benefício próprio. “O governo agiu com muita gana para passar seus projetos, considerando o Legislativo uma extensão do gabinete do prefeito”, diz Ricardo Young (PPS). Além do PPS, apenas o PSDB e o PSOL não votam com a base aliada do prefeito
Outros 130 projetos apresentados por vereadores foram sancionados pelo Executivo - 84% das propostas são denominações de ruas e praças ou criação de datas comemorativas. O calendário oficial de São Paulo ganhou, por exemplo, o dia do perdão e do futebol de várzea. A comparação com o mesmo período de 2009 mostra que, mesmo exercendo o cargo havia dois anos, nem Kassab conseguira tamanha adesão. Foram 20 leis do Poder Executivo aprovadas na ocasião. A explicação está no tamanho da atual base governista. Haddad tem o apoio de 42 dos 55 vereadores. Kassab tinha 39 aliados.
Com maioria folgada, o petista pautou os trabalhos da Câmara no semestre passado e em tempo recorde. Em abril, por exemplo, o prefeito conseguiu aprovar em primeira votação um pacote que autorizou o Executivo a criar mais 348 cargos comissionados, quatro novas secretarias, uma subprefeitura e a Controladoria-Geral do Município. O aval foi dado menos de 48 horas após o projeto ser protocolado.
Para o secretário municipal de Relações Governamentais, João Antonio (PT), o bom resultado obtido pelo governo é fruto de um relacionamento harmonioso entre as esferas de poder e reflexo das demandas da cidade. “Nós temos pressa em governar. Há muitos temas a serem debatidos. Se a Câmara continuar contribuindo, a visão que a população tem da Casa vai melhorar”, diz.
Responsável por fazer a “ponte” entre o Executivo e o Legislativo, Antonio criou a prática de negociar os projetos dos vereadores antes de eles serem votados. “Isso facilita o trabalho e impede o desgaste do veto.” Para o presidente da Câmara, José Américo (PT), o mesmo ritmo ditará os trabalhos até o fim do ano. “Já há acordo entre os parlamentares para a votação de ao menos uma lei de cada um. E os novatos serão contemplados”, assegura o petista. Nos primeiros meses do ano, somente seis conseguiram emplacar alguma lei.
Gabinete
Para a oposição, o semestre apenas revelou a disposição de Haddad em “atropelar” o trabalho da Câmara Municipal em benefício próprio. “O governo agiu com muita gana para passar seus projetos, considerando o Legislativo uma extensão do gabinete do prefeito”, diz Ricardo Young (PPS). Além do PPS, apenas o PSDB e o PSOL não votam com a base aliada do prefeito