Os vereadores de Belo Horizonte voltaram do recesso parlamentar nesta quinta-feira sob protestos no plenário. Cerca de 40 pessoas, de acordo com a segurança da Casa, ocuparam as galerias e fizeram barulho. Por vários momentos, os vereadores que se dispuseram a falar antes da apreciação dos projetos em pauta foram interrompidos por vaias e gritos de que “aqui ninguém trabalha”. A situação causou irritação nos parlamentares, que não conseguiram concluir os argumentos. Com o tumulto, a sessão, que teve até caixão no plenário, foi encerrada após cerca de 40 minutos sem que nenhum dos projetos fosse votado.
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Vereadores de BH vão ser "recepcionados" no retorno pelos jovens que ocuparam a CâmaraVereadores de BH não voltam ao trabalho após desocupação da CâmaraVereadores de BH e deputados mineiros fazem festas em busca do votoApós tumulto com manifestantes, Léo Burguês pedirá reintegração de posse da CâmaraManifestantes ocupam Câmara de BH e decidem fazer greve de fome Manifestantes ocupam Câmara de BH e decidem fazer greve de fomeOs vereadores Arnaldo Godoy (PT) e o secretário da mesa da Câmara, Leonardo Mattos (PV) também enfrentaram dificuldade para falar. Mattos chegou a dizer que apenas o juiz de futebol consegue trabalhar no meio de tanta bagunça e ofensas. Já o vereador Marcelo Álvaro Antônio (PRP) pediu silêncio para que ele pudesse ler o versículo da Bíblia, mas foi interrompido pelo pedido de “estado laico” gritado pelos manifestantes. Única mulher entre os parlamentares, a vereadora Elaine Matozinhos (PTB) não foi poupada. Diante dos gritos que impediam sua fala, ela pediu que fosse feita a verificação do número de parlamentares presentes e com o registro de apenas 19 - são necessários o mínimo de 21 – a sessão foi encerrada por falta de quorum.
Após o fim da sessão, os manifestantes ainda continuam ocupando as galerias e o saguão da Câmara. Eles ainda não definiram se vão retomar a ocupação da Casa. No último mês, os manifestantes ocuparam o Legislativo Municipal durante oito dias.
Caixão
Os parlamentares voltaram nesta quinta-feira aos trabalhos. Na última sessão antes do recesso, a Câmara Municipal aprovou a proposta que prevê a isenção do Imposto Sobre Serviços (ISS) para que fosse possível a redução do preço das passagens dos ônibus gerenciados pela BHTrans. O assunto ainda dominou o pouco tempo de discussões na sessão desta quinta-feira. O vereador Gilson Reis (PCdoB) afirmou que vai pedir uma CPI para investigar os gastos e as planilhas de custos do transporte na capital.