A volta do recesso parlamentar dos vereadores de Belo Horizonte, nesta quinta-feira, foi bastante tumultuado e resultou em mais uma ocupação da Casa. Manifestantes organizaram uma “recepção” aos parlamentares e com cartazes, gritos e palavras de ordem, fizeram com que os integrantes do Legislativo municipal derrubassem a sessão desta tarde por falta de quórum, já que não conseguiram falar. Logo após o fim da sessão, a maioria dos manifestantes foi embora, mas três deles – dois homens e uma mulher -, decidiram permanecer nas galerias. Eles reivindicam que a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) abra as planilhas de custos do transporte da capital e decidiram fazer greve de fome até que o objetivo do protesto seja alcançado.
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Com protestos e caixão no plenário, Câmara de BH retoma os trabalhos sem votar projetosVereadores elogiam Burguês por iniciativa de pedir desocupação da Câmara de BH Justiça determina que manifestantes desocupem Câmara de BH Com coxinhas, manifestantes entram em conflito com seguranças da Câmara de BH Câmara de BH não cede a manifestantesMais cedo, os vereadores foram impedidos de falar e vários deles protestaram contra a postura dos manifestantes. O presidente em exercício, o vereador Wellington Magalhães (PTN) afirmou que irá trabalhar por maior segurança na Casa e lamentou as manifestações populares que teriam, segundo ele, desrespeitado a fala dos vereadores. “Para mim (essa manifestação) é partidária, não é a voz do povo”, afirmou o parlamentar. “A Câmara não vai impedir a entrada de ninguém, mas isso deve ser feito com segurança”, completou, lembrando a criação de uma comissão especial de estudos sobre segurança institucional.
No mês passado, o Legislativo da capital mineira viveu oito dias inusitados, com centenas de pessoas cozinhando, dormindo e discutindo política no saguão e nos jardins, os vereadores recomeçam as sessões plenárias com uma pauta morna e sem propostas efetivas para atender às reivindicações das ruas.