Na ausência do presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereador Léo Burguês (PSDB), o presidente interino, Wellington Magalhães (PMN), demitiu 30 servidores terceirizados da Casa. Magalhães está na cadeira do tucano desde 1º de julho, quando começou o recesso parlamentar. Nos bastidores, a informação é de que os demitidos são indicações de Burguês. Apesar de os terceirizados serem contratados por empresas que prestam serviço à Câmara, é comum que políticos usem essas vagas para beneficiar cabos eleitorais e parentes.
De acordo com a assessoria de imprensa, a Câmara não influencia nas demissões e nem nas contratações das sete empresas terceirizadas que prestam serviço a ela. A Casa conta com 68 terceirizados, segundo portal da transparência. O vereador Wellington Magalhães afirmou que as demissões são consequência de reclamações de diretores da Casa. Ele acrescentou ainda que são funcionários que faltam muito ou não estão fazendo o serviço direito.
Além das demissões, na ausência de Burguês, Wellingtom Magalhães criou uma Comissão Especial de Estudos sobre Segurança Institucional, com dois vereadores policiais entre seus integrantes, o delegado Edson Moreira (PTN) e o Coronel Piccinini (PSB). O presidente interino afirmou que ela tem como objetivo verificar se a Casa falhou durante a ocupação de 29 de junho. Ele afirmou que é a favor de que a Câmara conte com uma segurança legislativa, tenha detector de metais e que as pessoas se identifiquem ao entrar.