Jornal Estado de Minas

Manifestante em greve de fome deixa a Câmara de BH em uma ambulância

Jovem passou mal durante a manhã e chegou a assinar um termo de responsabilidade para continuar no protesto

Alice Maciel Emerson Campos Leonardo Augusto Felipe Castanheira
Samu foi acionado depois de manifestante desmaiar nesta manhã na capital, ela voltou a passar mal na tarde de sábado - Foto: Cristina Horta/EM/DA Press
Uma das manifestantes que fazia greve de fome na Câmara Municipal de Belo Horizonte voltou a ser levada depois de passar mal. Segundo um dos seguranças da Câmara, por volta das 15h Ana Sílvia, de 26 anos, foi novamente atendida e foi levada por uma ambulância do Samu para o hospital.
Na manhã deste sábado a jovem passou mal e chegou a desmaiar, mas havia se negado a deixar o local e ser levada para o hospital. Ela assinou um termo de responsabilidade para continuar no local. A greve de fome dos dois manifestantes foi iniciada na quinta-feira.

Os jovens querem a convocação do prefeito Marcio Lacerda (PSB) para a prestação de contas do governo em audiência pública e, que a Câmara forneça as planilhas de custos de empresas de transporte público da capital.

Expectativa de mais pessoas

Ao todo, cerca de 30 jovens ocupam a Casa, mas o número pode aumentar nas próximas horas. Os manifestantes que ocuparam a Câmara durante nove dias nos meses de junho e julho realizam neste sábado, às 15h, uma nova rodada da Assembleia Popular Horizontal. O encontro, que acontece embaixo do Viaduto Santa Tereza, vai decidir se eles vão reforçar o grupo que ocupou o prédio esta semana.

Câmara não cede a manifestantes
Nessa sexta-feira, o presidente em exercício da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Wellington Magalhães (PTN), afirmou que pretende tentar cumprir apenas em parte a pauta dos manifestantes que ocupam a Casa, há dois dias.


Magalhães afirma que o prefeito já repassou os dados sobre a administração a vereadores, mas que vai conversar com a Mesa Diretora e com o próprio Lacerda sobre uma nova reunião. O encontro com os vereadores não foi em audiência pública.

Em relação às planilhas das empresas de transporte público, o presidente em exercício afirmou que não cabe à Câmara solicitar os documentos. "Isso tem que ser solicitado à BHtrans".