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Parlamentares retomam trabalho no Congresso com longa lista de votaçõesRecuo vira saída para crises políticas no CongressoNove partidos deixam "núcleo duro" de Dilma na CâmaraDilma e ministros se reúnem com aliados no SenadoGoverno pode mudar regras sobre emendas para melhorar relação com aliadosParticipação dos jovens mudou as coisas, diz DilmaDilma diz que governo está preparado para coibir desviosDilma sanciona Estatuto da Juventude"Foi o líder do PDT na Câmara, André Figueiredo, quem telefonou para mim informando sobre a reunião com a presidente Dilma, no fim da tarde. Eu acho ótimo", afirmou o presidente do PDT, Carlos Lupi. Ele e o ministro do Trabalho, Manoel Dias, também foram convocados para um encontro com Ideli na terça-feira, 6.
A iniciativa de Dilma, porém, é criticada por aliados descontentes com a articulação política. "Não acho que seja papel da presidente nem de Aloizio Mercadante (ministro da Educação) fazer isso. Acho que é preciso dar poderes para a Secretaria de Relações Institucionais, para Ideli, o que não foi feito até agora", disse o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI).
Entre os temas que tiram o sono do Planalto está a votação do Orçamento impositivo, que o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), pautou para quarta-feira, 07. A decisão de Alves deixou "perplexos" integrantes do governo. A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, chegou a dizer que a imposição do pagamento das emendas parlamentares poderá ser questionada na Justiça.
"Tenho dúvidas de que esse projeto será votado, até mesmo em razão da dinâmica que teremos nesta semana, que é de retorno das atividades", argumentou o líder do PSD na Câmara, Eduardo Sciarra (PR). No cabo de guerra com o Congresso, Dilma e sua equipe também terão que encontrar uma forma de evitar a derrubada de vetos polêmicos previstos para serem votados no reinicio das atividades parlamentares. Na lista está o veto à proposta que extinguiu a multa de 10% sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de trabalhadores, em casos de demissão sem justa causa. Além disso há o veto à Lei Complementar 143/13, que trata da distribuição dos recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE).
Na Câmara tramitam ainda temas controversos, como o projeto que cria o novo Marco de Mineração, que deve sofrer alterações. No Senado, o presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) disse que manterá na pauta de discussão propostas que possam ter impacto nas contas do governo. Entre as prioridades da Casa está a votação da proposta que institui o passe livre para estudantes no transporte público e o Plano Nacional de Educação, que prevê mais investimentos no setor.