Possível candidato à Presidência da República, o governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), somente nos últimos 18 dias, inaugurou duas unidades de pronto atendimento à saúde, uma escola técnica, uma via perimetral e uma academia da cidade e entregou 335 casas do programa Minha Casa Minha Vida, em municípios do sertão e do agreste pernambucano. Nesta segunda-feira, inaugurou um viaduto no bairro de Ouro Preto, no município metropolitano de Olinda.
"É natural, é um tempo de entrega mesmo", afirmou ao ser indagado se a agenda tem relação com a possível candidatura. "Se você for ver e comparar com 2009 (terceiro ano do seu primeiro mandato, assim como 2013 é o terceiro do segundo mandato), vai ver a mesma proporção (de inaugurações)", afirmou ele.
"No primeiro ano de governo, a gente faz o Todos por Pernambuco, ouve as comunidades, ouve as entidades, define as prioridades e dali começa o processo de aprimoramento dos projetos para o que é básico virar executivo e o que não tem projeto, fazer projeto" explicou. "Em seguida, licita (o projeto), arruma o dinheiro, começa a obra e tem o tempo de inaugurar".
"Chegou o tempo de inaugurar muitas obras e outras estão sendo entregues sem que eu mesmo vá", complementou, ao afirmar que muitos municípios reclamam da sua ausência na entrega de obras.
Sobre a informação de que os diretórios estaduais do PSB de Mato Grosso do Sul, Acre, Paraná e Santa Catarina - que seriam resistentes a uma candidatura sua à Presidência - sofrerão mudança nos seus comandos, a exemplo do que ocorreu em Minas Gerais, para dar lugar a pessoas que apoiem o seu plano, ele disse não ter o que comentar. "Não há fato para ser comentado".
Campos disse que a mudança do comando do diretório estadual do PSB em Minas Gerais - onde Valfrido Mares Guia, ligado ao governo federal, foi substituído por Julio Delgado, seu aliado - ocorreu a pedido de Mares Guia, que o procurou há seis meses para dizer que sua atividade tinha aumentado muito e ele precisava de mais tempo para se dedicar à vida empresarial. "Dialogamos e chegamos a um nome de consenso, que foi Julio Delgado".
Durante a solenidade, ouviu-se o grito de "presidente" e o empresário da construção civil Pedro Roberto da Silva Sobrinho, pediu "uma salva de palmas para o melhor governador do Brasil", mas negou que estivesse em campanha pelo socialista.