Jornal Estado de Minas

Jovens militantes do PT e PSB fazem campanha dentro do Planalto

A contenda entre a presidente Dilma Rousseff e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ganhou vida no Salão Nobre do Palácio pela voz da militância

Correio Braziliense
Ainda um pouco intimidado por conta das manifestações de junho, o clima da disputa eleitoral antecipada voltou a dar as caras na solenidade de sanção do Estatuto da Juventude, nessa segunda-feira, no Palácio do Planalto. Nessa segunda-feira, após o encerramento da cerimônia, grupos de jovens militantes partidários começaram a entoar gritos de guerra e refrões de campanha. Mantida em suspensão por conta da indefinição do cenário político trazida pelos levantes das ruas, a contenda entre a presidente Dilma Rousseff e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ganhou vida no Salão Nobre do Palácio pela voz da militância.
Em um discurso feito sob medida para agradar o público jovem, a presidente falou do esforço do governo em se manter mais conectado com as redes sociais e lembrou de seus tempos de ativista política. “Eu, em outros momentos da minha vida, também estive nas ruas lutando por mais democracia e mais direitos. Naquela época, você ia uma vez, ou duas, ou três vezes para as ruas, depois você ia para a cadeia”, disse Dilma. “Eu não sou uma pessoa que deixou compromissos democráticos quando assumiu a Presidência”, afirmou.

Campanha

A menção ao passado de militância agradou ao público do evento. O aplauso a Dilma durante seu discurso acabou se transformando em um grito de campanha. Dilma foi interrompida por palmas e por gritos de “olé, olé, olá, Dilma! Dilma!”. Logo em seguida, terminada a solenidade, membros da juventude do PT se agruparam para tirar fotos no palco montado para as autoridades. “Partido, partido, é dos trabalhadores”, gritavam os jovens petistas.

A resposta dos militantes do PSB não demorou. Os gritos de “Viva a juventude socialista brasileira” rapidamente se transformaram em um refrão pró candidatura de Eduardo Campos. “Um passo, à frente, Eduardo presidente”, responderam os jovens socialistas. “A disputa já está quente, aí juntam esses vários grupos em um mesmo ambiente, todo mundo se reencontrando, tem que rolar uma provocaçãozinha”, brincou o servidor Fabrício Lopes, militante do PSB. “Mas é tudo na paz, faz parte do jogo”, afirmou.