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Carvalho repudia boato de que teria apoiado protestos contra CabralCabral admite que errou ao dialogar pouco com aliadosManifestantes continuam acampados perto do prédio de Sérgio CabralProtesto pede fim de concessão de TV a políticosCabral apareceu, no mês passado, como o governador mais mal avaliado entre onze pesquisados pelo Instituto Ibope. Há consenso, entre Cabral e seu partido, de que as primeiras inserções precisam comparar o Rio de Janeiro “antes e depois” de 2007, quando Cabral chegou ao poder. “Defendo que o governador entre nas dez últimas inserções e diga que esse é o governo dele. Ele é tão qualificado que pode apontar onde houve algum excesso e pedir desculpas. Não vejo o menor problema em pedir desculpas, faço isso todos os dias”, diz o presidente do PMDB-RJ, Jorge Picciani.
Cabral tem outra estratégia. “O presidente Picciani está no papel dele de fazer propostas, discutir ações. Eu estou governando o Estado. Ele é um amigo fraterno, estamos discutindo. Minha tese é de que é hora de mostrar o antes e o depois do Rio, mostrar que o partido lançou um candidato em 2006 e as realizações que fizemos a partir de 2007. Eu sou secundário”, diz o governador.
A comparação com o Estado antes de Cabral é uma resposta ao antigo aliado e hoje adversário Anthony Garotinho (PR), ex-governador (1999-2002) e potencial candidato ao governo em 2014. A mulher de Garotinho, Rosinha, também governou o Rio (2003-2006). Garotinho tem usado as redes sociais para explorar o desgaste político de Cabral nos últimos dois meses.
Nessa segunda-feira, Garotinho, que é deputado federal, reproduziu nota da revista Veja, segundo a qual seu governo tem atrasado pagamento a empreiteiras. A Secretaria da Fazenda do Estado negou que o cronograma de pagamentos esteja atrasado e garantiu que não há problema de caixa no Estado. Pelo menos uma grande empreiteira - que participa de consórcios de grandes obras, mas pediu para não ser identificada - informou que há três meses os pagamentos estão “represados”. A Secretaria de Obras do Estado disse que os pagamentos regulares estão em dia.
Garotinho tem atacado Cabral sistematicamente, em estratégia diferente da de outro provável candidato ao governo, o senador petista Lindbergh Farias, que, apesar do momento de dificuldade de Cabral, tem evitado confronto com o governador peemedebista.
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