Burguês disse estar ocupado em dar respostas de forma ágil e transparante - Foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A PressO presidente da Câmara de Belo Horizonte, vereador Léo Burguês (PSDB), está correndo contra o relógio para conseguir serenar os ânimos na Casa que, desde a última quinta-feira (1ª), foi ocupada pela segunda vez em menos de um mês por manifestantes insatisfeitos com o transporte público na capital. Na tarde dessa segunda-feira, manifestantes e seguranças da Câmara de BH se enfrentaram com chutes, socos e empurrões em função de coxinhas e moedas atiradas das galerias no plenário onde os vereadores se reuniam para votações de projetos. Burguês reconheceu que precisa ser ágil para efetivar medidas que restabeleçam "a ordem" que, segundo, ele, foi desfeita por "uma pequena parcela de militantes políticos que perderam as eleições e se aproveitam da ocupação para aparecer".A primeira medida a ser tomada por Burguês é convocar uma audiência pública, entre hoje e amanhã,  no plenário da Casa, entre um técnico da BHTRans, manifestantes e representantes da sociedade civil organizada. A informação foi dada pelo próprio Burguês logo após reunião, na manhã desta terça-feira, na Prefeitura de Belo Horizonte, onde pediu ao prefeito que escale quem da BHTrans irá à Câmara para esclarecer detalhes da planilha de custos e os termos do contrato das empresas que controlam o transporte público da capital.

De imediato, contou Burguês, ganhou do prefeito a promessa da instalação de um terminal da BHTrans, no hall, da Câmara com informações sobre a planilha de custos e o contratos das empresas concessionárias que exploram o transporte público em Belo Horizonte. “Ainda assim, pedi ao prefeito que designasse um técnico para dar explicações com a maior transparência sobre o assunto”, garantiu Burguês. 

Nessa segunda-feira um técnico da empresa foi à Câmara para conversar com os manifestantes e prestar os esclarecimentos reivindicados por eles e que provocaram a ocupação na última quinta-feira (1º). 

Reintegração de Posse

Para evitar outras cenas como as verificadas nessa segunda-feira, Léo Burguês também quer retirar os manifestantes do prédio da Câmara. De acordo com informações da assessoria de imprensa da Casa, em torno de seis pessoas ocupam a galeria do plenário, inclusive com uma barraca montada no local, e outros cerca de 25  manifestantes se mantêm na porta do Legislativo municipal.

“Como presidente da Casa, não posso permitir que agressões físicas e verbais, com palavras de baixo calão e ofensas pessoais, dominem o plenário, impedindo os vereadores de realizarem o trabalho para o qual foram eleitos”, justificou Buguês. De acordo com ele, na tarde desta terça-feira, a procuradoria da Câmara vai protocolar ação de reintegração de posse no Tribunal de Justiça de Minas Gerais