A onda de protestos e cobranças pelo país foi um dos motivos que levaram manifestantes a acampar na frente da Prefeitura de Sete Lagoas, na Região Central de Minas, para exigir do prefeito Marcio Reinaldo (PP) uma reunião. Cerca de 60 pessoas vinham se revezando no acampamento montado na Praça Barão do Rio Branco, no Centro, desde o início da noite do último domingo. Na manhã desta terça-feira, seis pessoas do grupo, intitulado “Ocupa 7 Lagoas”, foram recebidas por Reinaldo, o secretário de Saúde, Breno Simões; de Meio Ambiente, Joaquim Matoso, e o de Trânsito, Sílvio Augusto, além do procurador geral Helisson Paiva Rocha. Na pauta estavam, principalmente, reivindicações da área de saúde e meio ambiente. Agora à noite será realizada uma assembleia na praça para decidir se a ocupação vai continuar, após a reunião de hoje.
Usando barracas e participando de atividades culturais, os manifestantes pretendem permanecer no local, pelo menos até a noite desta terça-feira, quando vão discutir os rumos do movimento. Segundo uma das integrantes do “Ocupa 7 Lagoas” que preferiu não se identificar, o grupo teve que recorrer a essa medida após o prefeito não atender o pedido para se reunir com eles. Mas, após o protesto, ele voltou atrás e decidiu se encontrar com os manifestantes.
Após a reunião, Marcio Reinaldo classificou como positivo o encontro e garantiu apoio às demandas. “Avalio como positiva a reunião. Estamos vendo em todo o país as pessoas se mobilizando em busca de melhorias nos serviços públicos que são oferecidos. Em Sete Lagoas não é diferente. Em nosso caso específico, grande parte da pauta apresentada pelo grupo já está sendo trabalhada pela prefeitura e por nossa equipe de governo", afirmou.
Segundo os manifestantes, a maioria das reivindicações foi atendida, mas alguns pontos ainda precisam ser mais discutidos. Além das promessas de diálogo e um cronograma de realizações, ficou estabelecida uma agenda de encontros. Ficou acordado que uma vez por mês o grupo vai se reunir com os secretários e, a cada 45 dias, o encontro será com o prefeito. “O cumprimento desse acordo será um dos pontos a ser considerado para que outras ocupações voltem ou não a ocorrer”, afirmou uma das integrantes que preferiu não se identificar. .