O Senado votará nesta terça-feira a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 122, que permite que médicos militares também atendam pelo Sistema Único de Saúde. A votação da proposta foi acordada pelos líderes partidários em reunião com a presidente Dilma Rousseff.
“Esse assunto foi tratado lá. A presidenta entendeu que ela [PEC 122], com o esforço de levar mais médicos à população, deve ser apreciada imediatamente”, disse o líder do PSB, Rodrigo Rollemberg (DF).
Os líderes também fecharam acordo com a presidente para que haja reuniões periódicas entre os parlamentares e representantes do governo, e com ela, sempre que possível. “Houve um reconhecimento de que estabelecer uma interlocução ampliada é muito salutar, é positivo. E nós esperamos que os encontros aconteçam a cada 15 dias”, disse o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM).
Logo após o encontro com Dilma, os líderes partidários se reuniram para fechar a pauta de votações. Além da PEC 122, eles decidiram votar hoje a proposta que estabelece o fim da aposentadoria compulsória para magistrados como punição disciplinar. Amanhã (7), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, em seguida, o plenário do Senado votam a PEC 18, que estabelece a perda de mandato imediata de parlamentares condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Na próxima semana, os senadores devem fazer uma audiência pública e, em seguida, votar o Plano Nacional de Educação. Eles se comprometeram também a analisar e votar dentro de 30 dias a proposta da Frente Nacional da Saúde para que sejam destinados à saúde 10% das receitas correntes brutas da União para a saúde.
A reforma política também entrou na pauta da reunião de líderes. Eles decidiram apreciar projetos sobre o assunto que estejam prontos para entrar na ordem do dia do plenário e que alcancem consenso para votação. Podem entrar nesse escopo os projetos sobre o fim das coligações partidárias e o financiamento público de campanha, que já foram aprovados em comissões, mas para os quais ainda não há acordo de votação. Outros projetos, como o que o que altera para julho do ano eleitoral o calendário das convenções partidárias, poderão ser apreciados mais rapidamente.
Eduardo Braga disse que tal projeto, se for aprovado, ajudará a reduzir os custos das eleições. “Se trouxermos as convenções para julho, a campanha só começará a partir de agosto, o que reduz o tempo e o custo da campanha”, disse o líder do governo após a reunião.