O fim do auxílio-moradia para parlamentares que tiverem casas em seus nomes em Belo Horizonte e na Região Metropolitana pode estar nas mãos de 20 a 48 deputados, dependendo da forma que a Mesa Diretora escolher para extinguir o benefício. Depois de quatro horas de reunião ontem com os líderes partidários, o presidente Dinis Pinheiro (PSDB) afirmou que a Casa estuda se apresentará um projeto de resolução ou uma proposta de emenda à Constituição (PEC) trazendo a mudança na regra, que hoje permite o pagamento de R$ 2.850 para todos, independentemente de terem ou não de pagar aluguel para morar perto da sede do Legislativo mineiro. Dinis também afirmou ter determinado à diretoria da Assembleia fazer um estudo para adotar outras medidas que forem necessárias para dar mais “austeridade”.
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Auxílio-moradia para deputados depende dos líderes da Assembleia de MinasAuxílio-moradia de deputados está com os dias contados em MinasAssembleia de Minas deve cortar auxílio-moradia a deputados com imóveis em BHLíderes da Assembleia de Minas se calam sobre fim do auxílio-moradiaProposta aumenta a participação popular na Assembleia de MinasAção quer manter número de cadeiras na Assembleia de MinasVerbas extras para servidores públicos estaduais estão perto do fimA Mesa também pode apresentar a proposta de resolução, para a qual não precisa de assinaturas de adesão como garantia de que ela tramite, e que tem um quórum simples. Neste caso, para virar lei, o fim do auxílio-moradia dependeria de 39 deputados presentes e pelo menos 20 votos favoráveis. Questionado sobre a decisão da Mesa, Dinis Pinheiro disse que determinou aos líderes que fizessem reuniões de bancada sobre o tema. Em relação à iniciativa da Mesa para apresentar a proposta com a nova regra, o tucano respondeu: “em momento algum vamos abdicar da responsabilidade”.
Na primeira reunião de líderes na reabertura dos trabalhos, outro assunto foram as emendas parlamentares. A exemplo do que está sendo discutido no Congresso, os deputados mineiros querem tornar o orçamento do estado impositivo a partir de 2015. Com isso, o Executivo seria obrigado a pagar as emendas indicadas pelos parlamentares nos programas de obras e ações do governo. “Quem é que faz a interação com a sociedade? Quem é que faz a interlocução? É o deputado”, afirmou. A Mesa Diretora também estuda a apresentação de um projeto neste sentido.
Dinis Pinheiro anunciou que o Legislativo dará prioridade à discussão sobre a necessidade de extinguir ou não com o Tribunal de Justiça Militar em Minas Gerais, a exemplo do que fizeram outros estados. Ele anunciou ainda que vai atualizar o regimento interno da Casa.