Enquanto os parlamentares discutem a votação do orçamento impositivo, a presidente Dilma Rousseff deixa claro que é contra a proposta. Nessa qurata-feira, em visita a Varginha (MG), na cerimônia de inauguração do câmpus avançado da Universidade Federal de Alfenas, a presidente criticou aqueles que querem aumentar os gastos, sem dizer a fonte do recurso. “Porque o Brasil tem algumas coisas que são engraçadas: o pessoal quer aumentar o gasto, mas não diz de onde sai o dinheiro. (…) Nós sabemos que para você aumentar, você tem de dizer de onde sai”, disse.
Tensão
O líder do governo em exercício na Câmara, Henrique Fontana (RS), admitiu ontem que se o projeto do orçamento impositivo tivesse sido votado ontem a tensão Executivo-Congresso seria maior. “O governo tem uma posição contrária à proposta, mas ele tem de saber fazer leituras do tamanho da base para votar uma determinada matéria. E adiar para a semana que vem lhe permite conversar de novo com a base”, destacou. Um petista histórico, porém, reclamou nos bastidores da demora para se chegar a um consenso sobre o tema. “O governo já deveria ter feito isso (diálogo) há muito tempo”, disse. Os ponteiros ainda poderão ser acertados na reunião dos deputados da base com a presidente Dilma, marcada para a próxima segunda-feira.