São Paulo - Em discurso planejado para dar a largada na campanha estadual, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançará nesta sexta-feira, a candidatura do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao governo de São Paulo. Diante das dificuldades previstas para formar alianças destinadas ao palanque de 2014, o PT decidiu acelerar o processo, contrariando orientação do Palácio do Planalto, que não quer ver o programa Mais Médicos contaminado pela disputa política.
Lula abrirá o "Encontro do Interior", que reunirá prefeitos, senadores, deputados e militantes do PT até o este sábado (10), em Bauru (SP). O ex-presidente pretende defender Padilha das críticas recebidas de profissionais da saúde por causa do "Mais Médicos" e alfinetar os tucanos. "Você se meteu numa guerra", disse Lula a Padilha durante almoço com ele, em São Paulo, no fim do mês passado. Na conversa, ele prometeu incluir o programa nos discursos que faz pelo país, uma estratégia também usada pela presidente Dilma Rousseff. "A causa é justa", afirmou Lula.
A candidatura de Padilha à sucessão do governador Geraldo Alckmin foi definida em meados de junho, quando ele transferiu o domicílio eleitoral de Santarém, no Pará, para São Paulo. A ordem, porém, era não falar publicamente sobre o assunto, para que o ministro não virasse alvo da oposição antes da hora.
O "acordo" começou a ruir quando o titular da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse, antes do anúncio do Mais Médicos, que o candidato em São Paulo seria Padilha. "Você me pôs na fogueira", brincou o ministro da Saúde ao avistar Cardozo, na época também citado na lista dos pré-candidatos do PT ao Palácio dos Bandeirantes.
O presidente do PT paulista, deputado Edinho Silva, avalia que a "única chance" de enfrentar a "máquina do PSDB" é começar a mobilização por Padilha com antecedência. "Não dá para o PT ficar paralisado por causa das tarefas do Ministério da Saúde", afirmou Edinho. "Nós já cometemos esse erro em 2010, quando lançamos Mercadante em cima da hora", emendou o deputado, numa referência ao ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que na época perdeu a eleição para Alckmin.
Na tentativa de seguir o script combinado com Dilma, Padilha desconversa sobre a candidatura. "O meu foco, agora, é aprovar o Mais Médicos", diz ele. "Estou conversando com deputados, senadores e vou cumprir muitas agendas nos Estados." Lançado no mês passado para dar uma "marca" à saúde, antes do anúncio da entrada de Padilha no páreo, o Mais Médicos tem provocado fortes resistências da categoria, mas o governo acredita que a situação será revertida em breve. "Com o Prouni aconteceu a mesma coisa", lembrou o ministro, em alusão ao programa Universidade Para Todos, que oferece bolsas de estudos a estudantes carentes.
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Lula abrirá o "Encontro do Interior", que reunirá prefeitos, senadores, deputados e militantes do PT até o este sábado (10), em Bauru (SP). O ex-presidente pretende defender Padilha das críticas recebidas de profissionais da saúde por causa do "Mais Médicos" e alfinetar os tucanos. "Você se meteu numa guerra", disse Lula a Padilha durante almoço com ele, em São Paulo, no fim do mês passado. Na conversa, ele prometeu incluir o programa nos discursos que faz pelo país, uma estratégia também usada pela presidente Dilma Rousseff. "A causa é justa", afirmou Lula.
A candidatura de Padilha à sucessão do governador Geraldo Alckmin foi definida em meados de junho, quando ele transferiu o domicílio eleitoral de Santarém, no Pará, para São Paulo. A ordem, porém, era não falar publicamente sobre o assunto, para que o ministro não virasse alvo da oposição antes da hora.
O "acordo" começou a ruir quando o titular da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse, antes do anúncio do Mais Médicos, que o candidato em São Paulo seria Padilha. "Você me pôs na fogueira", brincou o ministro da Saúde ao avistar Cardozo, na época também citado na lista dos pré-candidatos do PT ao Palácio dos Bandeirantes.
O presidente do PT paulista, deputado Edinho Silva, avalia que a "única chance" de enfrentar a "máquina do PSDB" é começar a mobilização por Padilha com antecedência. "Não dá para o PT ficar paralisado por causa das tarefas do Ministério da Saúde", afirmou Edinho. "Nós já cometemos esse erro em 2010, quando lançamos Mercadante em cima da hora", emendou o deputado, numa referência ao ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que na época perdeu a eleição para Alckmin.
Na tentativa de seguir o script combinado com Dilma, Padilha desconversa sobre a candidatura. "O meu foco, agora, é aprovar o Mais Médicos", diz ele. "Estou conversando com deputados, senadores e vou cumprir muitas agendas nos Estados." Lançado no mês passado para dar uma "marca" à saúde, antes do anúncio da entrada de Padilha no páreo, o Mais Médicos tem provocado fortes resistências da categoria, mas o governo acredita que a situação será revertida em breve. "Com o Prouni aconteceu a mesma coisa", lembrou o ministro, em alusão ao programa Universidade Para Todos, que oferece bolsas de estudos a estudantes carentes.
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