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Saída de Gurgel não afeta 'mensalão', diz subprocuradoraGurgel deixa cargo no próximo dia 15; sucessor ainda é incógnitaDilma escolhe mineiro para Procuradoria-Geral da RepúblicaSupremo começa a julgar recursos do mensalãoSTF divulga pauta de julgamento de recursos do mensalãoRoberto Gurgel ressaltou, no entanto, a importância do julgamento do mensalão, concluído no fim do ano passado com a condenação de 25 réus. Segundo ele, este processo “mostra que todos os cidadãos brasileiros estão ao alcance do sistema de Justiça”.
Na avaliação de Gurgel, a vacância no cargo de procurador-geral será ruim para o julgamento dos recursos do mensalão. Ele mostrou-se insatisfeito com o fato de a presidente Dilma Rousseff não ter escolhido seu sucessor, o que levará o cargo a ficar vago por tempo indeterminado, pois, após a indicação, o nome escolhido ainda será submetido a sabatina no Senado antes da nomeação.
“Não há dúvida que é (ruim para o julgamento. O ideal seria que nós tivéssemos a transmissão do cargo já para o colega ou a colega que vai me substituir. Infelizmente, tem demorado muito. Nas três últimas oportunidades pelo menos houve essa interinidade, que é indesejável e não faz bem a instituição”, frisou.
Ele observou, porém, que a Procuradoria-Geral da República não ficará sem representação no Supremo, uma vez que um procurador interino atuará no plenário durante o período de vacância. O substituto será o vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público Federal, que será eleito na próxima terça-feira para ocupar o cargo hoje exercido pela subprocuradora-geral Maria Caetana. “O colega ou a colega que me substituir sem dúvida conduzirá da melhor forma ou até melhor do que eu fiz esse trabalho, que é tão importante.”