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Juiz defende pena de morte para magistrado corruptoSenado aprova PEC que põe fim à aposentadoria disciplinar de juízes e membros do MP'Vantagens eventuais' dobram salários de juízes de São PauloDecisão de conselho deixa 14º e 15º salários de deputados e senadores livres do IRRegalias de juízes estão na mira do CNJA juíza amparou sua decisão em julgamentos do Superior Tribunal de Justiça e do Supremo Tribunal Federal. “Concluo que o adicional de férias tem natureza indenizatória, forte no entendimento da Primeira Seção do STJ e da Segunda Turma do STF, não havendo, pois, falar-se em acréscimo patrimonial apto a caracterizar o fato gerador do imposto de renda.”
Ela condenou a União a “restituir os valores indevidamente recolhidos a título de imposto de renda sobre as parcelas referentes ao terço constitucional de férias, com correção monetária e juros de mora”. A conta sobre o montante a ser levantado pelos magistrados será realizada com base no Manual de Orientação de Procedimentos para os Cálculos da Justiça Federal - usado para a correção de valores devidos em ações judiciais, incluindo índices e períodos -, “observada a prescrição quinquenal”.
Na ação, a Ajufe observou que “o STF, examinando situações bastante similares à espécie, firmou orientação de que não incide a contribuição previdenciária sobre o terço de férias porquanto se cuida de parcela que não integra a remuneração do trabalhador, revestindo-se de conteúdo indenizatório”. A União argumentou que qualquer valor pago a pessoa física “em virtude de trabalho prestado, com habitualidade, integra o salário de contribuição e, consequentemente, sujeita-se à incidência de contribuições previdenciárias respectivas”. A União considera que o período de férias gozadas é considerado tempo de serviço.
A juíza ponderou que o caso dos autos se refere à incidência de imposto de renda e não de contribuição previdência. “Entretanto, não se pode admitir que a natureza jurídica de uma verba transmude-se a depender do tributo em questão.” O presidente da Ajufe, desembargador Nino Toldo, disse que “a decisão apenas aplica a jurisprudência do STJ sobre o tema”. “Trata-se de um direito que já foi reconhecido para outros servidores públicos e empregados celetistas”.
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