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Justiça feita aos deputados comunistas que pederam os cargos Governo faz articulação por Comissão da Verdade mineiraComissão da Verdade terá coordenador pró-anistiaJosé Carlos Dias será novo coordenador da Comissão Nacional da VerdadeDuas comissões da verdade debatem violações dos direitos humanos no campoMilitares acusados de matar comunista faltam à audiênciaAtrocidades
Liza Prado explica que o trabalho desenvolvido em Minas vai subsidiar a Comissão Nacional da Verdade (CNV), ouvindo pessoas que sofreram e que praticaram a tortura durante o regime militar, além de recolher documentos importantes para esclarecer episódios ocorridos naquele período. “É preciso que a sociedade civil perceba a importância de termos um governo democrático, pois um regime autoritário é capaz de muitas atrocidades”, defendeu, à época da aprovação. Conforme a lei, o grupo vai apurar violações de direitos fundamentais praticadas no período estipulado no artigo 8º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição da República, que vai de 18 de setembro de 1946 a 5 de outubro de 1988 – data de promulgação da Constituição –, e que inclui os anos de ditadura militar.
Mesmo a passos lentos a divulgação de documentos do período de exceção de direitos no país vem ganhando força. Na sexta-feira, o site Brasil nunca mais digit@l colocou à disposição de qualquer cidadão cerca de 900 mil documentos referentes a 71 processos instruídos durante os anos de chumbo e julgados pelo Superior Tribunal Militar (STM), além de fotos, vídeos e materiais que revelam os abusos e torturas cometidos no período. O acesso é simples e rápido pela internet no endereço https://bnmdigital.mpf.mp.br. Uma rápida pesquisa com a palavra-chave Minas traz pelo menos 12,6 mil páginas da história da ditadura no estado, em sua grande maioria formada por documentos gerados pelo comando do Exército em Juiz de Fora, onde a presidente ficou presa.