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Serra nega que seu nome tenha sido associado a cartel'Há fortes indícios de cartel', diz promotor sobre obras do metrô de SP'Há fortes indícios de cartel', diz promotor sobre esquema denunciado pela SiemensAlckmin promete rigor contra envolvidos no Caso AlstomProcuradoria devolve à PF inquérito sobre o caso AlstomPinto Junior foi indiciado pela PF no caso. Ele disse que conhecia Robson Marinho, ex-secretário de governo de Mário Covas (1995-2001) e vice-presidente do Tribunal de Contas do Estado, e o vereador tucano e ex-secretário de Energia de São Paulo, Andrea Matarazzo, mas não os acusou de crime.
Matarazzo foi indiciado no caso. Inconformado, repudiou a acusação e disse desconhecer o lobista. Seu advogado, o criminalista Antonio Claudio Mariz de Oliveira, pediu arquivamento do caso. O Estado procurou o advogado de Marinho, Celso Vilardi, mas não o achou. O Diretório Estadual do PSDB informou ser “revoltante” ser acusado com “base em argumentos vazios” e sem provas. A Alstom não se manifestou na quarta-feira, 14.
À PF Pinto Junior revelou que as propinas eram chamadas de “compromisso”. O lobista, que se declarou aposentado, afirmou que os executivos franceses Pierre Chazot e Phillipe Jafre lhe ordenavam que entregasse “pacotes de dinheiro” a pessoas que desconhecia. Os pacotes eram levados por motoboys diretamente aos interessados.
Pinto Junior contou que era o procurador da offshore MCA Uruguay e disse que assinou os documentos para abrir contas bancárias da empresa no mesmo Bank Audi, em Luxemburgo, e no UBS, na Suíça. Teria feito isso a pedido de Jafre e de Chazot. Jafre o teria aconselhado a assinar um contrato de consultoria com a Alstom. Por meio dele, a Alstom repassaria 7,5% do valor do projeto Gisel, assinado pela empresa francesa com a então estatal paulista EPTE (ex-Eletropaulo). Para fechar o acordo, a EPTE contratou sem licitação um crédito de R$ 140,6 milhões (valor atual) com o banco francês Société Générale.