Para França é natural que Campos ainda seja mais comedido e espere o momento certo para realmente se lançar candidato, mas não há como negar que "todo mundo que é político tem o sonho de se candidatar a um maior cargo". "Às vezes, ele (Campos) deixa escapar esse sentimento de coração", avaliou.
O presidente estadual do PSB afirmou ainda que tem um encontro programado para a próxima segunda-feira, 19, em Recife para apresentar a Campos dados que corroboram a percepção de que sua candidatura pode ter força. "Vamos mostrar uma pesquisa importante. Já há algumas cidades em que ele aparece empatado com o Aécio (Neves, provável candidato tucano)", afirma.
França avaliou ainda a mudança de postura do ex-presidente Lula, que deixou de lado críticas mais ácidas à possível candidatura de Campos e passou a fazer acenos mais leves. "Antes de julho havia uma esperança maior de a presidente Dilma ser reeleita no primeiro turno, mas as coisas mudaram e é muito provável que haja segundo turno. Talvez ele (Lula) percebeu que não é um mau negócio ter 'dois' candidatos", ponderou.
Sem Cabral, nem Pezão
Enquanto o PSB expõe Eduardo Campos, outro partido da base aliada do governo, o PMDB decidiu adotar uma estratégia totalmente oposta em seu programa partidário do Rio de Janeiro. Em razão dos crescentes protestos que pedem a saída do governador Sérgio Cabral (PMDB), a sigla decidiu preservar sua imagem e não vai expô-lo nessas inserções. A mesma estratégia é usada também para o seu vice, Luiz Fernando Pezão, pré-candidato ao governo do Estado em 2014. Nas inserções que o partido preparou, as mensagens escolhidas mostram imagens genéricas do Rio e tentam destacar 'feitos' do governo peemedebista como a instalação das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e obras de ampliação de estradas, extensão do metrô, além de destacar o PAC das Comunidades e o Arco Rodoviário.
Um dos vídeos, voltado apenas para a questão da segurança, começa afirmando que "não faz muito tempo parecia impossível ver o Estado enfrentar traficantes e milicianos e melhorar a segurança". A mensagem destaca ainda a redução dos índices de criminalidade no Estado e atribui as conquistas diretamente às UPPs.
Na outra inserção, mais voltada para expor investimentos em infraestrutura, o PMDB destaca "ninguém aguentava mais ver projetos importantes que nunca saiam do papel" e ressalta que "em apenas seis anos, o partido mudou essa realidade".
Nas duas campanhas, o partido reconhece que ainda é preciso fazer mais, porém finaliza afirmando que são "conquistas recentes que você não pode abrir mão".