Brasília – Dedicada à criação da Rede Sustentabilidade, seu novo partido, a ex-senadora Marina Silva pediu nessa sexta-feira à corregedora-geral eleitoral, Laurita Vaz, que a sigla em gestação não pague o preço pelo tempo demorado dos cartórios em validar as assinaturas coletadas. “Pontuamos as dificuldades nos TREs (tribunais regionais eleitorais) e nos cartórios e viemos aqui na busca de solução para um problema que não foi criado por nós”, afirmou Marina após o encontro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Entendemos que existem dificuldades estruturais na Justiça, mas obviamente não podemos pagar o preço por uma falta de estrutura.”
Até ontem, a nova sigla conseguiu validar nos cartórios 250 mil assinaturas. Marina espera a confirmação de outras 242 mil, já que, para obter o reconhecimento da Justiça Eleitoral, são necessárias 492 mil assinaturas. Foram coletados mais apoios que o necessário, pois alguns são descartadas por problemas nas informações fornecidas pelos eleitores. Cabe aos cartórios checar dados de eleitores, que dizem apoiar a criação da Rede, no prazo máximo de 15 dias. Todavia, esse prazo não tem sido respeitado por alguns cartórios.
“Obviamente que a corregedora [Laurita] vai pensar quais são as medidas junto às corregedorias e estamos no aguardo de uma solução para todos os problemas que foram pontuados”, disse. Também presente na reunião, o advogado da Rede, André Lima, analisará na semana que vem quando dará entrada no TSE para a criação do partido. “Pretendemos dar entrada com o que já temos – mais de 11 diretórios estaduais encaminhados, 17 diretórios sendo encaminhados agora e na semana que vem teremos mais quatro ou cinco”, afirmou.