Brasília – As três principais associações da magistratura divulgaram nota conjunta na qual condenam a postura adotada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, no julgamento dos recursos do mensalão. As entidades avaliam que “a insinuação de que um colega de tribunal estaria a fazer ‘chicanas’ não é tratamento adequado a um integrantes da Suprema Corte brasileira”.
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Escolha adiada
A presidente Dilma Rousseff adiou, mais uma vez, o anúncio do sucessor de Roberto Gurgel no comando da Procuradoria Geral da República. As apostas vão na direção do subprocurador-geral Rodrigo Janot, primeiro colocado na lista tríplice elaborada pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), com 511 votos. Mas o desejo de indicar a primeira mulher a ocupar o cargo tem pesado na indecisão da presidente. Disputam o posto as subprocuradoras Ela Wiecko e Deborah Duprat. Na quinta-feira, Dilma ouviu os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams, encarregados de sabatinar os três candidatos. A presidente, contudo, preferiu fazer novas consultas. A agenda dela é um complicador. Dilma deve se ausentar de Brasília ao menos três vezes na próxima semana.