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Estados do Nordeste, destino preferido pela petista para cortar fita e assim conter um possível avanço do governador de Pernambuco, agora serão substituídos por centros mais populosos como São Paulo, Campinas e Belo Horizonte. Para o Planalto, o governador Campos, por ora, é um fantasma a menos para assombrar o PT no Nordeste.
Por outro lado, o comando petista identificou a migração de votos do eleitorado mais urbano e abastado para Marina Silva, cujo perfil é associado ao rompimento da velha forma de fazer política.
Mas os petistas acreditam que a situação confortável da ex-ministra do Meio Ambiente será revertida quando a campanha eleitoral de rádio e TV começar. "Se a Marina for mesmo candidata, o que ela tem para mostrar? O que ela fez além da agenda ambiental? Nada", afirmou um dos principais conselheiros de Dilma. "Quando a campanha eleitoral começar, a população vai ficar surpresa com o tanto de realizações que este governo fez e que a grande mídia não mostrou. Se a presidente quiser, eu já preparei uma lista de feitos que ela pode inaugurar no Estado que ela quiser", finalizou essa mesma fonte.
Efeito Siemens
Preocupado não só com a imagem da presidente Dilma Rousseff na classe média, o marqueteiro João Santana dedicou suas duas últimas semanas à análise do cenário eleitoral em São Paulo. A equipe de Santana está fazendo pesquisas qualitativas de opinião sobre a popularidade do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). O objetivo é medir qual o impacto das denúncias de formação de cartel em licitações do Metrô paulistano - reveladas pela empresa Siemens num acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Há suspeitas de pagamento de propina a agentes públicos do governo do PSDB, o que explica o interesse petista.