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Estado de Minas

Comissões da Câmara debatem espionagem feita pelo governo dos EUA

Nesta terça-feira, a Câmara dos Deputados promove a segunda audiência pública para debater a denúncia de espionagem dos EUA a dados de brasileiros


postado em 19/08/2013 09:54

O monitoramento de informações de pessoas e empresas brasileiras feita pela Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA, na sigla em inglês) volta ser debatido, nesta terça-feira, na Cãmara dos Deputados. O debate será promovido por cinco comissões da Casa , de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; de Defesa do Consumidor; de Fiscalização Financeira e Controle; de Legislação Participativa; e de Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional.

Foram convidados para o debate o presidente da Anatel, João Batista de Rezende; o coordenador do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), Virgílio Augusto Fernandes Almeida;o presidente do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), José Formoso; o presidente da Associação Brasileira de Internet (Abranet), Eduardo Neger; o professor do Departamento de Ciência da Computação da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) Gustavo Torres; o presidente da Microsoft Brasil, Mariano de Beer; o presidente do Google no Brasil, Fábio Coelho; o presidente do Facebook no Brasil, Alexandre Hohagen; e o diretor-geral do Twitter no Brasil, Guilherme Ribenboim.

Denúncias

No dia 7 de julho, reportagem do jornal O Globo revelou que a espionagem norte-americana ao redor do mundo teria atingido também o Brasil. Segundo a matéria, milhões de telefones e e-mails de cidadãos brasileiros teriam sido monitorados, a partir de uma base de espionagem por satélite em Brasília, que teria funcionado pelo menos até 2002. Os escritórios da Embaixada do Brasil em Washington e da missão brasileira nas Nações Unidas também teriam sido alvos de espionagem.

Dados


O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, defendeu, na primeira audiência pública da Câmara dos Deputados, no último dia 14 de agosto, que a proposta de marco civil da internet, em tramitação na Câmara, garanta que os dados dos internautas brasileiros sejam armazenados em território nacional, ainda que também sejam armazenados nos Estados Unidos. O governo quer ainda que as empresas de internet que exerçam atividades comerciais no Brasil se sujeitem à legislação brasileira, que garante a inviolabilidade do sigilo das comunicações.

O ministro afirmou que estão sendo violados direitos fundamentais relativos à inviolabilidade do sigilo das comunicações, da intimidade e da vida privada. “De acordo com a Constituição, é crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial”, destacou. Além disso, segundo ele, estariam sendo violadas normas do direito internacional sobre proteção à vida privada e à correspondência. (Com Agência Senado)


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