O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados deve votar nesta quarta-feira (21) o relatório do deputado Ronaldo Benedet (PMDB-SC), sobre o processo de perda de mandato contra o deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO). Leréia é acusado de envolvimento com a suposta organização criminosa de Carlinhos Cachoeira e responde a processo por quebra de decoro parlamentar no conselho. De acordo com a Operação Vegas, da Polícia Federal, ele e Cachoeira conversaram ao telefone mais de 70 vezes entre maio e julho de 2011.
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O parlamentar também é acusado de receber dinheiro da organização de Cachoeira, de usar o cartão de crédito do contraventor e de avisá-lo antecipadamente sobre uma operação policial contra jogos ilegais.

Defesa

Na semana passada, Leréia prestou depoimento ao conselho para apresentar sua defesa. Ele disse que nunca soube de supostas atividades ilegais praticadas por Cachoeira em Goiás e que não tem qualquer sociedade com o bicheiro, embora admita que ambos sejam donos de uma aeronave avaliada em “aproximadamente R$ 800 mil”.

Porém, Leréia admitiu que utilizou o cartão de crédito de Cachoeira para comprar “joguinhos eletrônicos”, declarou que recebeu diversos empréstimos para honrar compromissos financeiros e disse que foi “ajudado” em uma de suas campanhas para deputado com um “café da manhã” oferecido por Cachoeira.
Relatório
Na semana passada, o deputado Ronaldo Benedet (PMDB-SC), fez a leitura do relatório. Ele ressalta que o parecer já está completo, mas o voto só será conhecido nesta quarta. "É claro que a convicção já está feita”, afirmou.

“Se aparecer alguma prova, pode até ter alguma mudança, isso se houver alteração nas provas existentes nos autos. Com base nas provas existentes e nos elementos dos autos, nós já temos a nossa convicção formada."

A votação do relatório, que estava prevista para ocorrer na mesma reunião, foi adiada devido ao pedido de vista feito pelo deputado Sérgio Brito (PSC-BA). Como o prazo para o encerramento desse processo no conselho termina na próxima sexta-feira (23), os parlamentares não podem mais pedir tempo para analisar os documentos. (com Agência Câmara)