O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que preside nacionalmente o PSB, convocou nesta segunda-feira uma reunião com a cúpula nacional para avaliar o cenário eleitoral de 2014, principalmente na formação de chapas proporcionais para o próximo ano. O encontro acontece, às 18h, no hotel Golden Tulip, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. Na ocasião, estarão os presidentes da legenda nos maiores colégios eleitorais do país: São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia, Rio de Janeiro e Paraná. Esta é a terceira vez, em menos de dois meses, que uma reunião deste porte é convocada pelo socialista.“Vamos discutir a formação destas chapas nestes estados e fazer uma avaliação do cenário eleitoral para o próximo ano. Nossa intenção também é fazer um balanço das atividades do partido neste ano”, comentou o secretário-geral da legenda, Carlos Siqueira, ao Diario, por telefone. Segundo ele, na ocasião ainda será entregue o resultado de uma pesquisa feita pelo diretório estadual de São Paulo que mostra que 96% dos filiados ao partido aprovaram e defendem a candidatura presidencial de Eduardo Campos.

Além do levantamento, também será discutida a entrega dos cargos de confiança ocupados pelo partido no governo federal. O assunto está longe de ser um consenso no PSB. Em entrevista recente ao Diario, o ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho declarou que, neste momento, a orientação de Eduardo Campos é permanecer na base e ajudar a presidente Dilma Rousseff (PT). Em São Paulo, o presidente do partido, o deputado Márcio França, defende a entrega destes cargos um ano antes das eleições. O ex-ministro Ciro Gomes também compartilha desta tese.

De olho no projeto nacional de Eduardo Campos, o PSB não planeja apenas ter uma chapas proporcionais competitivas. O partido também planeja lançar candidaturas próprias aos governos da Bahia, com a senadora Lídice da Mata, o do Rio Grande do Sul, com o líder da bancada federal, o deputado Beto Albuquerque. No Distrito Federal, a aposta é o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF). Em São Paulo e Minas, o primeiro e segundo maior colégio eleitoral do país, respectivamente, a legenda deve seguir apoiando projetos tucanos.