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Estado de Minas

Acusados pela Chacina de Felisburgo vão a júri nesta quarta-feira em BH

Os quatro homens são apontados como autores da invasão a um assentamento do MST que resultou em cinco pessoas mortas e dezenas de feridos, entre eles mulheres e crianças


postado em 19/08/2013 16:16 / atualizado em 19/08/2013 16:39

Após dois adiamentos, o Tribunal de Justiça em Minas Gerais (TJ) marcou para a próxima quarta-feira o julgamento de quatro homens acusados pelo crime conhecido como chacina de Felisburgo, ocorrido em novembro de 2004. Vão a júri Adriano Chafik Luedy, Washington Agostinho da Silva, Francisco de Assis Rodrigues de Oliveira e Milton Francisco de Souza, acusados de invadir a Fazenda Nova Alegria, no município de Felisburgo, no Vale do Jequitinhonha. O julgamento será presidido pelo juiz do 2° Tribunal do júri do Fórum Lafayette, Glauco Fernandes. O quinto réu que seria julgado, Adilson Rodrigues Lima, já morreu. A transferência do júri para Belo Horizonte foi solicitada para garantir a imparcialidade e a segurança dos envolvidos.

De acordo com a denúncia do Ministério Publico em Minas, Adriano Chafik teria ordenado o ataque à fazenda, após ter perdido uma ação de reintegração de posse, ganha pelo Movimento Sem Terra (MST), que ocupava o local. Após a decisão da Justiça, ele teria reunido um grupo que passou a ameaçar os assentados. Conforme o MP, no dia 20 de novembro, Chafik comandou um ataque à fazenda. Cinco pessoas foram mortas e outras 12 ficaram feridas. Além da escola do acampamento, 27 casas foram incendiadas. O terreno, do qual Adriano alegava ser dono, era propriedade pública.

Os quatro homens serão julgados pelos crimes de homicídio qualificado, tentativa de homicídio e incêndio. Já Adriano, acusado de ordenar o ataque, responde também por formação de quadrilha. Inicialmente, os réus respondiam pelos crimes em dois processos distintos. Por economia processual e com vistas a agilizar o julgamento - já que os quatro estavam sendo acusados de participar do mesmo crime e, principalmente por estarem os autos no mesmo momento processual -, o juiz Glauco Soares determinou a reunião dos processos, decisão acolhida pelo MP e pela defesa dos acusados. As testemunhas serão ouvidas por carta precatória, conforme informou o TJ.


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