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Estado de Minas

Afagos do governo federal tentam fazer o Congresso recuar


postado em 20/08/2013 06:00 / atualizado em 20/08/2013 07:07

Ao lado de Miriam Belchior e Luiz Marinho, Dilma anunciou recursos para as prefeituras do ABC paulista (foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
Ao lado de Miriam Belchior e Luiz Marinho, Dilma anunciou recursos para as prefeituras do ABC paulista (foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

Em meio a mais uma ameaça de peemedebistas em derrubar os vetos presidenciais na sessão marcada para as 19h desta terça-feira, Dilma Rousseff iniciou o dia com afagos à base aliada. Durante o programa semanal de rádio Café com a presidente, ela elogiou deputados e senadores por causa da aprovação do projeto que destina 75% dos royalties do petróleo para educação (o governo queria 100%) e 25% para a saúde. Mais tarde, recebeu o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no Palácio do Planalto, como forma de prestigiar o cacique peemedebista. Ele tinha sido excluído da reunião com líderes do Senado na semana passada e interlocutores levaram à presidente o recado de que o peemedebista ficou insatisfeito por não ter participado da negociação que discutiu a votação dos vetos. Por essa razão, Renan marcou a sessão para apreciação das canetadas presidenciais em projetos aprovados no Congresso.

No encontro, Dilma pediu ao senador que retirasse de pauta os vetos que tratam do fim da multa adicional de 10% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e da Medida Provisória 610, que amplia o valor do benefício do Fundo Garantia-Safra, mas acabou virando guarda-chuva para outros temas, como a hereditariedade da licença para taxistas. Há ainda o veto ao projeto que trata da nova divisão dos recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE). O texto aprovado pelo Congresso previa que as desonerações do governo federal fossem retiradas somente dos repasses à União, deixando estados e municípios fora da conta.

A estratégia deu certo. Pelo menos por enquanto. Depois do encontro com Dilma, o presidente do Senado recuou e disse que a pauta só será definida após a reunião de líderes, que acontece hoje à tarde. E disse mais: só serão analisados os vetos que tiverem consenso. “Você pode priorizar a apreciação de qualquer veto. Pode, em função da negociação, deixá-los para apreciar em uma outra oportunidade. Esse é um aprendizado, nós temos que estabelecer critérios para ver o que vamos apreciar”, afirmou Renan.

Ainda nessa segunda-feira, durante visita a São Bernardo do Campo, no ABC paulista, Dilma distribuiu mais afagos. Ao lado da ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e do prefeito Luiz Marinho (PT), Dilma anunciou investimento de R$ 2,1 bilhões em obras de mobilidade urbana e moradias nas sete cidades da região. Para agradar os sete prefeitos, ela elogiou a existência do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, um fórum que reúne os sete administradores da região para planejar obras de infraestrutura em conjunto. “É um exemplo de como é possível planejar e executar investimentos conjuntos de forma racional e mais eficiente. É uma iniciativa que pode ser seguida por diversas regiões do país”, afirmou a presidente.


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