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Estado de Minas

Aécio critica 'relançamento' do PAC das Cidades Históricas

O presidente do PSDB diz que a presidente Dilma desrespeita os mineiros ao anunciar pela quinta vez o PAC das Cidades Históricas, lançado por Lula em 2009, quando o tucano era governador


postado em 21/08/2013 06:00 / atualizado em 21/08/2013 06:49

Aécio disse que a presidente deveria pedir desculpas por não cumprir o que foi anunciado (foto: Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press - 28/5/13)
Aécio disse que a presidente deveria pedir desculpas por não cumprir o que foi anunciado (foto: Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press - 28/5/13)



O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), considerou desrespeitosa a visita feita ontem pela presidente Dilma Rousseff a São João del-Rei para anunciar a liberação de R$ 1,6 bilhão para o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Cidades Históricas. Para Aécio, provável candidato do partido ao Planalto em 2014, Dilma se esqueceu das várias lacunas nos serviços federais nos estados e concentrou-se em anunciar, pela quinta vez, o mesmo programa. “Eu esperava que ela tivesse com os mineiros a mesma consideração que demostrou ter com o ET de Varginha”, ironizou o presidenciável do PSDB.

A provocação de Aécio refere-se a uma declaração dada pela presidente no início do mês quando, durante visita a Varginha, no Sul do estado, disse a rádios locais que tinha muito respeito pelo suposto extraterrestre que teria sido visto na cidade mineira na década de 1990. “Eu sei que aqui quem não viu conhece alguém que viu. De qualquer jeito, eu começo dizendo que esse respeito pelo ET de Varginha está garantido”, brincou.

Aécio lembrou que a primeira vez em que Dilma anunciou recursos do PAC para cidades históricas foi em 2009, em Ouro Preto. A presidente era ministra-chefe da Casa Civil, Lula era o presidente da República e o tucano, governador. “É surpreendente o que ocorreu em Minas", disse Aécio. O senador chamou o anúncio feito pela presidente de encenação. "Por quatro vezes, em quatro momentos distintos, ela (Dilma) esteve, desde o início do seu mandato, em Minas, para anunciar as mesmas propostas. Acho que um estado que tem demandas tão graves e tão sérias, mais uma vez, assistir a esta encenação, é um desrespeito", acrescentou ele, em entrevista coletiva no Senado.

Investimento Por meio de nota, o presidente do PSDB lembrou a fala de Lula em 21 de outubro de 2009, quando prometeu que o programa investiria R$ 890 milhões até 2012, em 173 cidades, dos quais R$ 140 milhões ainda naquele ano. “Até hoje, quatro anos depois, nenhum centavo foi investido”, reclamou Aécio. “O dia de hoje (ontem) deve ficar marcado na nossa consciência como mais um dia em que o PT teve a coragem de zombar da memória e da inteligência dos mineiros. Como a presidente e o PT podem ter tido a coragem de pisar o chão da história de Minas e, ao invés de se desculpar por não terem cumprido o que anunciaram há quatro anos, mentir aos mineiros como se estivessem anunciando um novo benefício ao estado?”, questionou ele.

O senador mineiro ainda comparou o patrimônio tombado em Minas aos recursos anunciados por Dilma: “Como a presidente e o PT, mesmo sabendo que Minas detém cerca de 60% do patrimônio tombado em nível federal, tem coragem de celebrar o anúncio de apenas 16% dos recursos para o estado?” (Com agências)

 

Prévias só depois

Provável candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, Aécio Neves praticamente sepultou ontem as expectativas do ex-governador José Serra (SP) de promover prévias internas no partido antes de 5 de outubro. O presidente da legenda considera que as prévias são um instrumento legítimo e que, após o prazo de filiação partidária com vista à disputa eleitoral do ano que vem, a Executiva poderá analisar a questão caso haja mais de um candidato interessado em participar da corrida presidencial. “Se a Executiva examinar a questão, adianto que meu voto será favorável (às prévias)”, completou Aécio. Assim, o tucano mineiro dá um nó em Serra, que cobra a realização das prévias antes de decidir se muda de legenda para disputar a Presidência da República. Um dos partidos com os quais conversa é o PPS.

 

Seis atos

Por meio de nota, o PSDB de Minas chama de atos as cinco datas em que o PAC das Cidades Históricas foi anunciado “sempre com a promessa de transferências de verbas bilionárias” e uma sexta em que a presidente do Iphan reconheceu que a verba só chegaria este ano.

» 21 de outubro de 2009   
Ex-presidente Lula lança em Ouro Preto o PAC das Cidades Históricas, prometendo investir R$ 140 milhões naquele ano, de um total de R$ 890 milhões até 2012.

» 29 de junho de 2010   
Ex-presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Luiz Fernando Almeida, assinou em Belo Horizonte, acordos de adesão com 20 prefeitos para investir R$ 254 milhões.

» 18 de setembro de 2012   
Na posse da ministra da Cultura,  Marta Suplicy, o programa  teria sido “novamente lançado como se tratasse de uma nova iniciativa”.

» 11 de novembro de 2012
A presidente do Iphan, Jurema Machado, admite em entrevista ao Estado de Minas que o programa só teria verba a partir deste ano.

» 28 de janeiro de 2013
PAC das Cidades Históricas é “relançado como se tratasse de um novo programa”, pela presidente Dilma, em discurso para prefeitos eleitos e reeleitos durante o 2º Encontro Nacional de Novos Prefeitos e Prefeitas, em Brasília. No dia 30, divulgou a lista de 44 cidades que poderão receber os recursos: dos 20 municípios mineiros que assinaram acordo com o Iphan, em 20120, apenas sete foram incluídos.

» 20 de agosto de 2013
Em visita a São João del-Rei, a presidente anuncia a destinação de recursos para 44 cidades históricas brasileiras, “bem diferente das 143 cidades anunciadas pelo ex-presidente Lula em 2009.” Em Minas, apenas oito cidades participam do programa.


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