Jornal Estado de Minas

Governo federal propõe programa Mais Professores

De acordo com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o programa Mais Professores seria para cidades com baixo IDH e Ideb

Jorge Macedo - especial para o EM
Mercadante: Não se preocupe, não estamos trazendo ninguém de fora - Foto: Alexandra Martins/Agencia Camara
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu nessa quarta-feira a criação do programa Mais Professores, para reforçar a educação em municípios de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Na proposta, que ainda está em fase de elaboração pelo ministério, as escolas que precisam de professores de matemática, física, química e inglês receberiam um reforço no quadro, com envio de profissionais selecionados pelo programa. “Não se preocupe, não estamos trazendo ninguém de fora”, brincou o ministro durante audiência pública na Câmara dos Deputados.
O nome do programa faz alusão ao já existente Programa Mais Médicos, que é a grande aposta do governo federal para melhorar a qualidade do atendimento de saúde nas cidades que encontram dificuldades de contratar médicos. O programa do Ministério da Saúde criou polêmica porque abre a possibilidade de contratar estrangeiros sem a validação do diploma no país. “Nessas escolas nós precisamos dar reforço no quadro de docentes, porque os secretários de Educação nos dizem que fazem concurso para essas vagas e não conseguem chamar ninguém”, disse o ministro.

Segundo ele, enquanto a oferta de profissionais nessas áreas não cresce na velocidade necessária, é preciso criar uma política em que o MEC complemente esses esforços de governos estaduais e municipais. “Faremos um reforço mandando professores para essas escolas, sobretudo os que lecionem nessas disciplinas. Aceitamos sugestões ainda de como isso vai ser feito, mas uma das hipóteses é de levar professores aposentados, jovens, que aceitem voltar para a sala de aula”, afirmou o ministro.

Mercadante explicou que só serão encaminhados professores se houver, de fato, esse desfalque e dificuldade de preencher as vagas. “Precisamos de uma solução para esse problema e não de uma improvisação”, completou. O ministro não comentou, entretanto, qual seria a remuneração desses profissionais.