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Estado de Minas

Prefeito de Juiz de Fora recua na demissão de professores das bibliotecas

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postado em 23/08/2013 06:00 / atualizado em 23/08/2013 07:38

O prefeito de Juiz de Fora, Bruno Siqueira (PMDB), voltou atrás e determinou o retorno de professores às bibliotecas das 101 escolas municipais da cidade. Desde o início do segundo semestre letivo, a prefeitura havia remanejado todos os bibliotecários e professores para as salas de aula, sob a alegação de déficit no quadro da Secretaria de Educação, em razão de redução de jornada, prevista em acordo salarial. O fechamento repercutiu mal entre educadores e a população, especialmente depois de Juiz de Fora ter passado a ocupar lugar de destaque entre as oito cidades polo mineiras, com nota 10 em leitura, de acordo com pesquisa realizada entre 10 de março e 20 de junho, a pedido da Câmara Mineira do Livro.

O levantamento aponta um índice de 8,14 livros ou trechos de livros lidos nos últimos 12 meses, na cidade, o que a coloca em segundo lugar no estado, perdendo apenas para Poços de Caldas. Isso significa dizer ainda que a cidade atinge mais que o dobro da média nacional, que é de 3,6, e da estadual, de 3,2. De acordo com decisão de Siqueira, anunciada na terça-feira, o retorno dos professores às bibliotecas municipais será feita de “forma gradativa”.

Parcial De imediato, assumem apenas cerca de 40 servidores que participaram de processo seletivo interno para bibliotecário, realizado em abril de 1996. Os demais, que já estavam no exercício dessa função, vão retornar à medida que forem regularizadas as contratações temporárias, para suprir a carência para as atividades de classe. A coordenadora-geral do Sindicato dos Professores de Juiz de Fora, Aparecida de Oliveira Pinto, que participou de reunião com a prefeitura, disse que a vitória, no entanto, foi apenas parcial. “De imediato teremos apenas 40 profissionais bibliotecários para atender uma demanda de 101 escolas e o processo de retorno será gradativo, sem previsão de término”, afirmou ela. Para a sindicalista, isso compromete o programa de leitura desenvolvido para os alunos.

A Secretaria de Educação de Juiz de Fora, até a semana passada, sustentava que as mudanças não afetariam o hábito de leitura. O incentivo teria que ser feito pelos próprios professores dentro das matérias oferecidas no currículo escolar. “O Conselho Municipal de Educação aprovou que os professores que atuavam exclusivamente nas práticas de leitura, ou seja, fora das salas de aula, assumissem a regência, fomentando a leitura no dia a dia da escola, garantindo a interdisciplinaridade, sem deixar de atuar nos espaços coletivos, como nas bibliotecas que deverão funcionar como um dos importantes instrumentos de apoio pedagógico”, justificou, por meio de nota.


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