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Marina proíbe apoiadores de discutir 'plano B' para 2014Partidário de Marina Silva rebate acusações de fraudesRede de Marina não revela nome de financiadoresAo comentar suspeitas de irregularidades na coleta de assinaturas para a criação do novo partido, Feldman afirmou que apesar de ser possível a existência de alguns erros, que isso não justifica a especulação de que possa haver fraude. "Tivemos 12 mil voluntários colaboradores que fizeram as coletas pelo Brasil. É muito possível que algum desses não tenha feito direito. Não há controle total. São 850 mil fichas, fizemos uma triagem, mas algumas podem ter escapado", afirmou, ressaltando que é a favor de que essas suspeitas sejam investigadas. "São alguns casos que podem ter acontecido e que se abra investigação."
Feldman reiterou que alguns cartórios eleitorais estão ultrapassando o prazo de 15 dias para avaliar as assinaturas e disse que há "algumas que são rejeitadas sem explicação". Ele ponderou, no entanto, que não acredita em uma articulação política para dificultar a criação da Rede no âmbito judicial. "São problemas do sistema. Na Justiça a demanda é muito forte, pesada, tem poucos funcionários, teve as férias de julho, eles estão trabalhando a questão da biometria", citou o deputado, lembrando que no Congresso, PMDB e PT tentaram aprovar um projeto que impedisse a criação da Rede. "Houve um esforço gigantesco pra isso. Mas ele não conseguiram."
O tucano afirmou ainda que apesar das dificuldades, ele tem a "convicção de que a Rede será fundada". "Eu fui fundador do PSDB, dei a minha contribuição ao partido, mas hoje me encontro em sintonia com a proposta da Marina de desenvolvimento sustentável. Estou saindo do PSDB sem hipocrisia", disse. Questionado sobre seu futuro político em um eventual cenário que a Rede não consiga ser fundada, Feldman rebateu. "Eu só caminho para a Rede. No atual modelo não tenho nenhum caminho diferente. Mas tenho convicção de que a Rede vai sair. Eu não estou em busca de um novo partido, mas sim de um partido novo", finalizou.
O TSE avisou à direção do partido que precisa de um mês para analisar todo o processo. O prazo final para que todas as assinaturas estejam validadas e o processo ratificado pelo TSE é 5 de outubro, um ano antes do primeiro turno das eleições presidenciais. Marina e correligionários têm, portanto, menos de dois meses para isso. Até última sexta-feira, 16, apenas 250 mil fichas de apoio à Rede passaram pelo crivo dos cartórios. O número mínimo de apoiadores para a criação do partido é de cerca de 500 mil.