Dilma volta a Minas na terça-feira, na sua terceira viagem ao estado somente neste mês. Ela vai participar da inauguração do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), na Praça da Liberdade, na antiga sede da Secretaria de Estado de Defesa Social, em Belo Horizonte. No início do mês, ela visitou Varginha, no Sul de Minas, onde inaugurou o prédio do câmpus da Universidade Federal de Alfenas (Unifal) e anunciou o aumento do preço garantia da saca do café, antiga reivindicação dos produtores rurais.
Já Aécio, que fez questão de deixar claro o desconforto com a visita de Dilma a Minas, começou ontem em Ribeirão Preto uma série de viagens pelo interior de São Paulo. Hoje, ele aproveita para ir a Barretos, em uma tentativa de se tornar mais conhecido no estado. A agenda do senador prevê ainda encontros regionais com lideranças e prefeitos do partido. O primeiro será em Curitiba, em 13 de setembro, e reunirá representantes do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A ideia é fazer encontros semelhantes em Maceió, Manaus e Goiânia.
Apesar da movimentação, ele nega que as viagens tenham relação com a candidatura. “Como presidente do partido, inicio esta semana um roteiro de viagens pelo Brasil, acompanhado de outros dirigentes do partido. Estsa é a minha agenda para este ano, 2013. Em 2014, aí sim o PSDB definirá quem vai conduzir as suas bandeiras.”
O governador de Pernambuco também anda concentrando esforços em São Paulo. Ele esteve na capital paulista na última quinta-feira para participar de uma palestra com sindicalistas da área de habitação e volta à cidade na segunda, estendendo a viagem até Santos. Entre um debate político com empresários, a ida a um salão internacional de avicultura e ao Fórum Internacional de Expansão do Porto de Santos, Eduardo Campos deve travar conversas nos bastidores com aliados.
CORRIDA Enquanto os pré-candidatos rodam o país preparando o terreno para a campanha, Marina Silva ainda pena para conseguir o registro de seu partido, a Rede Sustentabilidade. Após a Justiça Eleitoral ter questionado as assinaturas coletadas em cinco estados, o grupo que comanda a criação da legenda entregará os documentos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na segunda-feira. E o ex-governador de São Paulo José Serra, que briga para realizar prévias no PSDB, reuniu-se com lideranças no Senado na terça-feira. À noite, jantou acompanhado de 11 parlamentares para avaliar o cenário político atual.
AVALIAÇÃO Pesquisa concluída na segunda-feira e divulgada ontem mostra ascensão na avaliação do governo da presidente Dilma Rousseff. A amostragem apontou que 38% consideram a administração dela ótima ou boa, sete pontos percentuais a mais que na última avaliação, em 12 de julho. Aqueles que consideram o governo regular somaram 37% – o mesmo índice do mês passado – enquanto que os números dos que consideram ruim ou péssimo caíram de 31% para 24%. A pesquisa, feita em parceria do Ibope com o jornal O Estado de S. Paulo, foi feita entre 15 e 19 de agosto, com 2.002 entrevistas em 143 municípios de todas as regiões do Brasil.
Dilma recebe Fernando Morais
Autor das biografias mais conhecidas de Assis Chateaubriand e de Olga Benário, o escritor Fernando Morais foi recebido ontem em audiência pela presidente Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada. Morais está trabalhando em um livro sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, centrado no período compreendido entre 1980 — quando Lula, então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, foi preso pelo Departamento de Ordem Política e Social (Dops) — até 2010, último ano de seu mandato presidencial. O escritor conversou com a presidente para coletar dados para a obra. “Estou ouvindo todo mundo que conviveu com ele nesse período, não só da área política, mas da área sindical, polícia, gente que o prendeu”, disse Morais, na saída do Alvorada. O escritor tem acompanhado o ex-presidente em suas viagens, para conseguir entrevistar Lula, e já conversou com mais de 50 pessoas nos últimos dois anos e meio para recuperar histórias que marcaram a ascensão do líder sindical ao Palácio do Planalto. “O livro está prontinho, só falta escrever”, afirmou.